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É preciso fortalecer o FMI para ajudar os países em dificuldades, diz Mantega

O ministro da Fazenda esteve reunido na tarde desta segunda-feira com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos para debater a relação comercial entre os dois países e uma reforma no fundo monetário internacional

Por Talita Fernandes
17 mar 2014, 21h07

O ministro da Fazenda Guido Mantega esteve reunido na tarde desta segunda-feira em São Paulo com Jacob Lew, secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Segundo a assessoria do ministério, o encontro aconteceu depois de Mantega ter cancelado sua participação no encontro do G20, na Austrália, realizado no final de fevereiro, onde a reunião entre os dois deveria ter sido realizada.

Ao final do encontro, Mantega disse que a conversa com o secretário teve como focos a aproximação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil e a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Temos uma atuação importante no G20. Há uma convergência entre Brasil e Estados Unidos desde 2009 no sentido de produzir estímulos para que a economia internacional possa se recuperar”, comentou.

Mantega disse ainda que os dois países têm trabalhado conjuntamente para a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o ministro, esse trabalho teve início em 2010, mas precisa ter continuidade para o fortalecimento do fundo. “É importante continuar fortalecendo o FMI para que ele possa ser protagonista quando países entram em desequilíbrio, como é o caso da Ucrânia, que está em uma situação econômica difícil”, comentou.

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O secretário do Tesouro norte-americano aproveitou a deixa de Mantega para enfatizar a importância das sanções econômicas à Rússia, anunciadas nesta segunda pelos EUA e pela União Europeia, devido à situação de conflito na Crimeia. “As sanções imediatas demonstram que já estamos impondo custos aos atos provocativos adotados pela Rússia”, disse Lew ao ler um comunicado. “Nossas ações de hoje mostram nosso forte compromisso em responsabilizar aqueles que estão minando a integridade territorial da Ucrânia”, completou.

Parceria comercial – Mantega frisou que os EUA são um importante parceiro comercial para o país e disse ainda que “na situação atual, os EUA devem até ter ultrapassado a Argentina e podem ter se tornado o segundo principal parceiro comercial do Brasil”. Sobre as relações financeiras e econômicas entre os dois países, Lew disse que elas estão “expandindo de forma rápida”.

Mantega aproveitou ainda para comentar a atual conjuntura econômica e disse que, embora perceba que os países ricos, como EUA, Japão e aqueles que compõem a União Europeia estão crescendo, “a recuperação ainda é incipiente”.

O ministro voltou a falar que o mundo vive um período de transição de um período de crise para uma fase de ajustes. “Os países estão reduzindo os estímulos. O Fed está reduzindo e nós também e temos que nos acomodar à volatilidade que esses movimentos têm causado”, comentou. Contudo, para ele, os mercados internacionais já assimilaram a volatilidade provocada pela redução no ritmo de estímulos do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA).

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Tombini – Antes de se encontrar com Mantega, Lew participou de um encontro com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na sede do BC. De acordo com a assessoria de imprensa da autoridade monetária, no encontro eles trataram da atual conjuntura da economia internacional. “Eles conversaram sobre as perspectivas das economias norte-americana, brasileira e mundial, e sobre a agenda financeira internacional, incluindo os desafios atuais para solidificar o crescimento econômico e a estabilidade financeira por meio de esforços conjuntos de todos os membros do G20.”

Project Syndicate:

João Antonio Ocampo: Emergentes são deixados à própria sorte

Harold James: A história secreta da crise financeira

Martin Feldstein: O futuro do crescimento americano

Barry Eichengreen: Fed e os estragos causados pelo dólar

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