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“Dilma vai levar atual política econômica até o fim”, diz Mantega

Em entrevista a jornal, ministro da Fazenda diz que ele e presidente estão "afinados na política econômica" e sairá por motivos familiares

Por Da Redação
9 set 2014, 11h29

Em entrevista ao jornal O Globo nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou sua saída no fim do ano “por motivos familiares” e aproveitou para falar que a presidente Dilma Rousseff e ele estão “afinados” na política econômica.

Questionado por que não se manifestou no dia seguinte às declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a troca da equipe econômica (na semana passada), ele respondeu dizendo que ficaria “constrangido” se falasse algo na sequência.

“Eu gozo de plena confiança da presidente e ela sempre confirmou. No dia em que eu não tiver a confiança dela, saio imediatamente”, disse na entrevista. E emendou: “Somos muito afinados na política econômica. Compartilhamos dessa política econômica, e ela vai levar essa política econômica às últimas consequências”. Ele reiterou que ficará no cargo até o fim do mandato, no fim do ano e que sairá para ficar mais próximo de sua família.

Ao se referir à sua estratégia para a economia brasileira, Mantega afirmou que tanto ele quanto a presidente Dilma são “portadores de um projeto de desenvolvimento” para o país e esse “projeto terá continuidade”. Sem entrar em muitos detalhes, o ministro da Fazenda disse que a reimplantação do Reintegra, programa de estímulo aos exportadores, é sua próxima medida e exigirá uma renúncia fiscal de 3 bilhões de reais.

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Reajustes – Mantega, porém, admitiu que a política econômica precisa de ajustes. “Você tem que dar a resposta que a economia exige.” Ao ser perguntado o que precisava ser mudado, porém, Mantega só falou do que foi feito “acertadamente” em seus mandatos e que, segundo ele, não deveria ser alterado, como a política de desoneração de folha de pagamento, redução da tributação sobre o investimento e subsídios ao crédito.

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Ele aproveitou para criticar as propostas de Eduardo Giannetti, assessor econômico da candidata à presidência Marina Silva. “Ele fala que vai fazer um tratamento de choque. Que vai fazer um desmame. Vai desmontar a política industrial. Vai abrir a economia e submeter a indústria à competitividade. Ou seja, vão quebrar a indústria desse país. Isso se chama tratamento de choque neoliberal. (…) Enquanto o setor privado não tem condições de fazê-lo, temos que fazer isso.”

Mantega voltou a defender a boa fase do mercado de trabalho e o controle da inflação, mas admitiu que é preciso um esforço fiscal maior (economia) para diminuir a dívida pública. “O Banco Central, em 2015, fará política monetária mais flexível. Portanto vai voltar a ter crédito na economia”, afirma, desconsiderando o que muitos economistas dizem, que o problema do baixo crescimento econômico hoje não é crédito e sim consumo e investimentos.

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