Dilma planeja nova desoneração. Agora, na cesta básica
Os alimentos subiram quase o dobro da inflação no ano passado; governo quer abrir mão dos tributos federais para reduzir o custo dos produtos essenciais
O pacote de bondades do governo federal vai aumentar neste ano. Agora, a presidente Dilma Rousseff quer eliminar os impostos da cesta básica, uma medida que o Planalto estudava desde o ano passado conforme adiantou a coluna Radar on-line. Em 2012, a desoneração tributária beneficiou 42 setores da economia.
Nesta terça-feira, a presidente Dilma disse que o governo planeja eliminar os impostos aplicados aos produtos da cesta básica para conter a inflação, que segundo as previsões oficiais ficará em torno de 5% no final deste ano. O mercado financeiro, porém, tem aumentado semanalmente a projeção da inflação. Ontem, o boletim Focus do Banco Central mostrou que a expectativa é de uma inflação de 5,68% em 2013.
A presidente confirmou que uma das metas traçadas para este ano é “reduzir a taxa de inflação”, que fechou em 5,48% no ano passado. “Nós estamos estudando a desoneração integral dos tributos federaisda cesta básica “, disse Dilma em entrevista a rádios do estado do Paraná. A presidente afirmou que o governo está revisando o conceito de cesta básica, antes de definir quais produtos serão desonerados. Atualmente, 13 alimentos compõem a cesta: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.
Dilma não detalhou a forma como será feita a revisão dos produtos, mas disse que a lista atual está “ultrapassada” e, por isso, é necessária uma “adaptação”. Os produtos que compõem a cesta básica subiram em média 10% em 2012, segundo cálculos de organismos sindicais independentes.
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O governo calcula que a economia brasileira, que fechou 2012 com uma expansão menor que 1%, crescerá em torno de 4% este ano, enquanto o setor privado estima que o crescimento será de 3,10%.
Sobre a política de desonerações, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje em um fórum empresarial realizado em São Paulo que a intenção do governo é mantê-la e inclusive aprofundá-la.
Mantega fez um balanço geral das diversas medidas adotadas para reduzir ‘os custos financeiros e de energia’, e garantiu que o Executivo propõe para este ano ‘uma maior redução dos custos tributários’.
Segundo o ministro, ‘o Brasil está em uma cruzada para reduzir os custos’ de produção, a fim de baratear a vida dos cidadãos e para tornar as exportações mais competitivas no mercado internacional.
(com EFE)