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Desemprego já atinge um em cada quatro jovens com menos de 25 anos

Segundo estudo do Ipea, situação é mais grave no Nordeste e entre mulheres, jovens, pessoas com ensino médio incompleto e moradores das regiões metropolitanas

Por Da Redação
10 jun 2016, 14h14

O agravamento da crise econômica intensificou o nível de desemprego no Brasil, principalmente entre os mais jovens. Levantamento elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea) mostra que um entre quatro brasileiros com menos de 25 anos está desempregado.

O estudo também mostra que, no universo das pessoas atingidas pelo desemprego, a situação é mais grave no Nordeste, entre mulheres e jovens, entre pessoas com ensino médio incompleto e moradores das regiões metropolitanas. Esse grupo também é composto principalmente por pessoas que não são chefes de família.

O detalhamento feito pelo Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea aponta que o porcentual dos brasileiros entre 14 e 24 anos que não possuem emprego subiu de 20,89% no quarto trimestre de 2015 para 26,36% no primeiro trimestre deste ano. “Após atingir um pico de 44% no terceiro trimestre de 2012, os jovens ocupados eram apenas 37% no primeiro trimestre de 2016”, afirma a Carta de Conjuntura do Ipea referente ao mês de junho.

Entre as pessoas com 25 a 59 anos, a taxa de desemprego cresceu menos, de 6,69% para 7,91%. O mesmo ocorreu no grupo formado por pessoas com mais de 59 anos, cuja taxa de desemprego oscilou de 2,52% para 3,29% no mesmo período analisado.

Na comparação por regiões, a taxa de desemprego no Nordeste continua sendo a mais elevada do país. O indicador subiu de 10,45% no quarto trimestre do ano passado para 12,80% no primeiro trimestre deste ano. Na região Sul, onde a taxa de desemprego é a mais baixa do Brasil, o indicador oscilou de 5,69% para 7,35%. A taxa geral do Brasil variou de 8,96% para 10,90% no mesmo período de comparação.

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A taxa de desemprego também atinge mais as mulheres (12,75%) do que os homens (9,48%), mais aqueles que não são chefes de família (15%) do que aqueles que são (6,07%) e mais quem mora nas regiões metropolitanas (11,93%) do que quem mora fora delas (10,13%). Na divisão por escolaridade, aqueles que possuem o ensino médio incompleto são os que mais sofrem, com 14,95% de taxa de desemprego. Quem possui o superior completo enfrenta o ambiente menos adverso, com uma taxa de desemprego de 7,64%.

A pesquisa mostra que todos os grupos analisados registraram aumento do desemprego na comparação entre o primeiro trimestre de 2016 e o quarto trimestre do ano passado. O mesmo acontece na comparação com o primeiro trimestre de 2015, quando a taxa nacional estava em 7,94%.

“Desde o último trimestre de 2015, os dados da PNADC indicam que o aumento do desemprego foi causado majoritariamente pela queda da população ocupada, tendo sido reduzida a contribuição do aumento da população economicamente ativa”, aponta o estudo do Ipea, em referência à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. “Por outro lado, o aumento do desemprego não tem sido ainda mais intenso porque muitos trabalhadores têm tomado a iniciativa de se tornarem trabalhadores por conta própria.”

O documento ressalta que a situação de desemprego do país continuou a se deteriorar no início do segundo trimestre. Tanto que a taxa de desemprego, que terminou o primeiro trimestre em 10,90%, subiu para 11,2% no trimestre móvel que inclui o mês de abril.

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Renda estável – Com o aumento do desemprego, a renda média do trabalhador ficou praticamente estável, em contraste com uma taxa de inflação que oscila ao redor de 10% ao ano. A média dos rendimentos no primeiro trimestre ficou em 1.974 reais, apenas 5 reais maior que a média do último trimestre de 2015, mas bastante abaixo dos 2.040 reais observados no início de 2015 e final de 2014, informa o documento. No trimestre encerrado em abril, o rendimento médio já havia caído mais um pouco, para 1.962 reais.

Os dados da PNADC, ressalta o Ipea, mostram que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação. No grupo de pessoas que recebem menos que o mínimo, os rendimentos reais caíram aproximadamente 10% nos últimos doze meses.

(Com Estadão Conteúdo)

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