Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Demitidos do Comperj não recebem salários atrasados

Pagamentos deveriam ser feitos nesta segunda-feira, por determinação judicial, mas empresa não cumpriu prazo

Por Da Redação
6 abr 2015, 20h36

Depois de quatro meses de espera, os trabalhadores demitidos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) tiveram nova decepção ao tentar sacar o saldo de salários atrasados na última semana. O prazo acordado entre a empresa Alumini e o Ministério Público do Trabalho (MPT) venceu no último dia 30, mas os recursos não foram depositados na conta dos trabalhadores. O sindicato que representa os operários afirma que “questões burocráticas” na Caixa causaram o atraso.

Desde a última terça-feira os 2.500 operários tentam sacar o saldo dos salários atrasados, mas encontraram nas agências bancárias avisos indicando que não há liberação dos recursos até o momento. O prazo para o pagamento foi definido após uma decisão judicial obtida em março, depois que um grupo de trabalhadores ocupou a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Rio.

A previsão do Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial de Itaboraí (Sintramon) é que haja pagamento ainda nesta terça-feira. Em comunicado divulgado nesta segunda, a Vara do Trabalho de Niterói informou que a Caixa “fará uma força-tarefa providenciando todos os trâmites necessários para o saque”. Procurada, a Caixa não se posicionou.

Leia também:

A pedido da Petrobras, ANP adia leilão de gasoduto que atenderia Comperj

Continua após a publicidade

Trabalhadores do Comperj rejeitam proposta do MPT e mantêm greve

O acordo firmado em março previa a rescisão imediata, a liberação do FGTS e o pagamento de salários atrasados em seis parcelas. Somente o FGTS foi liberado, mas com valores questionados pelos operários. “Os valores foram abaixo do que a empresa deve. Ela está sem contribuir desde setembro, e nossa rescisão foi no dia 27 de fevereiro. Estamos sem ter a quem recorrer, sem ter qualquer posição”, afirmou Áureo.

Atualmente, há três ações sobre o caso em curso na Justiça do Trabalho do Rio. As dificuldades da empresa começaram em novembro, quando mais de 4 mil trabalhadores foram demitidos das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Em dezembro, a Alumini paralisou obras no Comperj alegando falta de pagamento da Petrobras. A empresa alega ter créditos de 1,2 bilhão de reais da estatal, que por sua vez nega as dívidas.

LEIA MAIS:

MPT ajuíza nova ação contra Alumini sobre salários atrasados do Comperj

Petrobras confirma que pode captar até US$ 19,1 bi em 2015

A crise na empresa causou demissões em massa e uma situação de tensão social em Itaboraí, região metropolitana do Rio, onde fica o Comperj e os trabalhadores estavam alojados. Muitos operários de outros Estados ficaram desabrigados e passaram a pedir esmolas nas ruas. A situação levou os operários a realizar diversos protestos e a paralisar o trânsito da Ponte Rio-Niterói, em fevereiro.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.