Confiança da indústria cai 2,9% e atinge mínima histórica
Segundo FGV, Índice de Confiança da Indústria caiu de 68 para 66 pontos em setembro, o pior nível da série histórica
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,9% em setembro ante agosto, passando de 68,0 para 66,0 pontos, informou nesta segunda-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV). É o menor nível da série histórica. O resultado sucede uma alta de 1,5% em julho e queda de 1,6% em agosto.
“Fatores negativos de origem econômica associam-se às incertezas no ambiente político para determinar a persistência da tendência de queda da confiança industrial”, explicou o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr. “A piora mais expressiva das expectativas desde abril sugere que, em setembro, o setor continua sem ver sinais de recuperação consistente no horizonte de três a seis meses”, completou.
A queda do ICI foi impulsionada principalmente pelo resultado do Índice de Expectativas (IE), que teve decréscimo de 4,2%, para 64,0 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 1,9%, para 67,9 pontos.
A maior contribuição para a queda do IE veio do quesito que mensura o ímpeto de contratações pela indústria nos três meses seguintes. Houve diminuição na proporção de companhias prevendo ampliação do efetivo, de 7,3% para 6,1%; e aumento das empresas que preveem uma redução no quadro de funcionários, de 30,7% para 34,5%. Esse é o maior porcentual desde janeiro de 1992 (38,7%).
No ISA, a principal contribuição veio do indicador que avalia a satisfação dos empresários com o momento atual dos negócios. Aumentou a proporção daqueles que veem a situação como fraca, de 46,9% para 49,1%, e diminuiu a fatia dos que avaliam o período como bom, de 8,6% para 8,0%.
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(Com agências)