Confiança da indústria fica quase estável em fevereiro
Contudo, na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, o ICI apresentou alta de 3,8%, segundo FGV
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou praticamente estável, ao subir apenas 0,1 ponto porcentual entre janeiro e fevereiro, chegando atingiu 106,6 pontos, em números já com ajuste sazonal, conforme divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta manhã de quinta-feira. No mês anterior, o ICI também havia avançado 0,1 ponto porcentual sobre dezembro.
Na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês do ano passado, o ICI apresentou alta de 3,8%, sem ajuste sazonal. Em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2012, o índice havia apresentado elevação de 4,4%. “O ICI continua girando em nível ligeiramente superior à média histórica, mas a sua relativa estabilidade nos últimos meses sinaliza a manutenção de ritmo lento do setor industrial ao início de 2013”, disse a FGV.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria recuou 0,3 ponto porcentual entre janeiro e fevereiro, passando de 84,4% para 84,1%, o mesmo patamar de dezembro.
A produção industrial recuou 2,7% em 2012, na primeira retração desde 2009, e foi um dos maiores pesos sobre a economia brasileira no ano passado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador da atividade, mostrou desaceleração em dezembro e ainda reforçou as chances de que a expansão da economia no ano passado não tenha superado 1%. Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulga os dados do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2012 e no ano.
Ainda segundo a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1 p.p., para 105,7 pontos. O resultado foi compensado pela alta de 1,4 p.p. do Índice de Expectativas (IE), para 107,6 pontos, o maior patamar desde maio de 2011 (108,3 pontos). O indicador que avalia o Nível da Demanda foi o que mais contribuiu para o resultado do ISA, com queda de 2,6 p.p. em relação a janeiro, ao atingir 103 pontos, menor patamar desde julho de 2012 (101,7), com pioras percebidas pelas empresas tanto na demanda interna quanto externa.
A parcela de empresas que avaliam o nível de demanda atual como forte caiu de 16,7% para 12,8%, enquanto a proporção das que o consideram fraco passou de 10,6% para 9,8%. A proporção de empresas que esperam menor nível de emprego caiu de 16,7% para 5,4%, enquanto a parcela das que preveem maior nível de emprego passou de 27,2% para 18,5%.
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(com Estadão Conteúdo)