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Dólar recua 1% com efeito Lula e tem a maior queda semanal desde 2008

Moeda americana, que chegou a cair 3,87% ao longo do dia, fechou a sexta cotada a R$ 3,76

Por Da Redação
4 mar 2016, 18h02

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira, marcando a maior baixa semanal em mais de sete anos, com a nova fase da Operação Lava Jato atingindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alimentando no mercado a percepção de que teria crescido a possibilidade de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Mas, com a atuação do Banco Central, a moeda americana terminou o dia bem longe das mínimas.

O dólar recuou 1,09% nesta sexta-feira, a 3,76 reais. Durante o dia, a moeda americana caiu 3,87% e chegou a 3,65 reais na mínima da sessão, seu menor patamar pré-fechamento desde 1º de setembro de 2015. Na semana, o dólar acumulou queda de 5,93%, o maior recuo semanal desde outubro de 2008.

“(Dilma) já está muito fragilizada e com isso a oposição ganha mais força”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. “Se as manifestações do dia 13 forem grandes, a situação fica muito ruim para ela”, acrescentou, referindo-se a protestos planejados a favor do impeachment da presidente.

O ex-presidente Lula foi levado para depor nesta sexta-feira em nova etapa da operação Lava Jato sob suspeita de ser beneficiário de crimes envolvendo a Petrobras, aproximando ainda mais a investigação do atual governo.

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Notícias que aumentam a pressão sobre Dilma, alvo de processo de impeachment, vêm sendo bem recebidas pelo mercado, que entende que uma eventual troca no governo pode trazer de volta a confiança e abrir espaço para mudanças na política econômica. Além disso, a investigação contra Lula poderia atrapalhar os planos do ex-presidente de concorrer à eleição em 2018.

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Ainda assim, alguns analistas ponderam que as turbulências políticas podem dificultar ainda mais a governabilidade no presente. Além disso, não é certo que a saída da presidente abriria espaço para um governo mais apto a promover as dolorosas reformas que muitos acreditam ser a chave para a recuperação.

“O mercado está apostando em retomada da confiança que pode não se concretizar. Há uma certa euforia e acho que algumas pessoas estão indo no embalo, mas tem muita água para rolar ainda”, disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

O dólar reduziu as perdas no final da manhã após o BC vender apenas parcialmente a oferta de swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares, em leilão para rolagem. “Parece que o BC quer segurar um pouco a queda do dólar, está muito intensa”, disse o gerente de câmbio da corretora BGC, Francisco Carvalho.

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(Com Reuters)

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