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Chevron afirma que está tomando medidas para combater vazamento

Acidente ocorrido no Campo Frade, a 370 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro, é considerado de médio porte por especialistas

Por Carolina Guerra
14 nov 2011, 20h28

A petroleira norte-americana Chevron informou que está tomando medidas para combater o vazamento de óleo ocorrido nas proximidades do Campo Frade, na Bacia de Campos, operado pela empresa a 370 quilômetros a nordeste do litoral do Rio de Janeiro. Estima-se que o volume do vazamento esteja entre 400 e 650 barris, sendo que cada barril corresponde a 159 litros de óleo. O acidente é considerado de médio porte, de acordo com especialistas do setor.

De acordo com informações da empresa, há uma mancha de óleo há cerca de 120 quilômetros da costa, afastando-se em direção ao sudeste. A petroleira afirmou em comunicado que já iniciou o processo de cimentação do poço, que deverá ser abandonado após uma série de etapas técnicas. As primeiras medidas foram tomadas no dia 9 de novembro. “A Chevron Brasil continua monitorando as exsudações para avaliar o efeito do trabalho de abandono do poço. A equipe global de resposta e emergências ambientais está dando suporte à operação e a empresa continua trabalhando com os órgãos governamentais e parceiros da indústria”, informou a Chevron. A empresa diz que a probabilidade da mancha atingir a costa é mínima.

Ciente do caso, a presidente Dilma Rousseff pediu uma apuração rigorosa das causas do acidente. Em comunicado, a Presidência da República determinou “atenção redobrada e uma rigorosa investigação das causas do acidente, assim como de suas responsabilidades independentemente do tamanho do derrame”. O governo informou ainda que está acompanhando as providências por meio do ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e da Marinha do Brasil, de acordo com informações da Agência Brasil. A Chevron está entre as cinco maiores empresas e energia do mundo e possui participação de 51,74% no Campo Frade. A Petrobras detém a segunda maior participação, com 30% e o consórcio japonês Frade Japão é responsável por 18,26%. Questionada, a Petrobras optou por deixar a Chevron a cargo do posicionamento da empresa.

“A atividade de extração de petróleo é considerada de alto risco ambiental. Vazamentos estão sujeitos a acontecer. O importante é que as empresas estejam preparadas e o governo mantenha uma fiscalização rigorosa”, avaliou Adriano Pires, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e fundador do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE). Um dos riscos é que as empresas podem pressionar pelo corte de custos quando se trata em extração de petróleo em águas profundas, pelo fato da atividade ser mais custosa do que a extração de petróleo em terra. Soma-se a isso que o Brasil começou recentemente a atividade de extração em águas profundas, que é o caso do pré-sal. “O acidente serve de alerta para a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa”, disse Pires.

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