Cemig vai aumentar plano de cortes de custos
Companhia já previa diminuição de custos com a revisão tarifária pela qual passará em 2013
O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Moraes, disse em teleconferência de resultados na segunda-feira que a companhia está preparando uma expansão do plano de redução dos custos, que já tinha começado para que a empresa se adequasse à revisão tarifaria pela qual passará em 2013. “Após a MP 579 (que trata da renovação das concessões elétricas) temos que ir além”, comentou, citando que a Eletrobras e sua subsidiária Furnas já anunciaram planos de cortes de custo.
“Temos que nos adequar à nova realidade, seja revisão tarifaria, seja os novos objetivos definidos na MP 579, temos que nos adequar e isso tem que ocorrer no curto prazo”, disse Moraes, sem citar de quanto tempo será a extensão do corte de custos. Ele destacou, porém, que a Cemig terá que se adequar independente de aceitar ou não a proposta de prorrogação das concessões. “Temos de nos adequar em qualquer cenário, seja aderindo, seja não aderindo, teremos que nos adequar de maneira forte.”
Leia mais:
Eletrobras perde um terço de seu valor em três dias
Brasil pode virar uma Argentina no setor elétrico, dizem especialistas
Armazenamento de água está próximo a níveis ao pré-racionamento de 2000
Cemig: lucro sobe 43% no 3º tri, para R$ 937 milhões
Para Moraes, a Cemig vai continuar investindo, mas precisa ser mais agressiva em aquisições do que foi até agora. “Se por um lado podemos ter problemas (relacionados à renovação das concessões), por outro vamos seguir investindo, vamos participar de aquisições, vamos participar de leilões”, disse.
O executivo destacou que a companhia segue focada em “viabilizar ativos que possam agregar valor para a empresa”, e citou recentes casos de sucesso de aquisição, como Light e Taesa. Moraes afirmou ainda que a companhia pretende participar dos próximos leilões, tanto de empreendimentos de geração como de projetos de transmissão. O diretor financeiro e de relações com investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse que a companhia está buscando o alongamento do perfil da dívida e a redução de seus custos. “Grande parte da dívida de 2012 já foi rolada e vamos buscar o alongamento do perfil.”
(com Estadão Conteúdo)