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Bird propõe erradicação da extrema pobreza até 2030

Segundo o presidente da instituição, meta será atingida se houver aceleração do crescimento em países em desenvolvimento, investimentos em programas sociais e nenhuma crise no horizonte

Por Da Redação
2 abr 2013, 15h53

O presidente do Banco Mundial (o Bird), Jim Yong Kim, propôs nesta terça-feira acelerar a erradicação da extrema pobreza e alcançá-la até 2030. Segundo Kim, tal feito poderá ser atingido se a taxa de crescimento mundial registrada nos próximos 15 anos se acelerar, em particular no Sudeste Asiático e na África, se os investimentos em programas sociais prosseguirem e se não houver nenhuma grande crise alimentar, financeira ou natural.

“A data de 2030 é muito ambiciosa”, reconheceu Kim. “Levem em conta que o primeiro objetivo do Milênio (fixado pelos membros das Nações Unidas em 2000) era reduzir à metade a pobreza absoluta ao longo de 25 anos”, lembrou o presidente do Bird. Mas o mundo alcançou este objetivo de reduzir à metade a miséria (47% da população mundial em 1990, 24% em 2008) em 2010, cinco anos antes do previsto, acrescentou.

Para alcançar esse objetivo, Kim disse que o mundo teria de reduzir o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza de 1,25 dólar por dia para 3%, mundialmente, até 2030, e aumentar a renda per capita dos 40% mais pobres de países em desenvolvimento. O objetivo de 3% marca uma nova meta para o Banco Mundial, que estimou em 2010 que 21% da população global, ou 1,2 bilhão de pessoas, vivia na extrema pobreza.

A meta ajudaria o Banco Mundial a priorizar projetos de desenvolvimento que têm o maior impacto sobre os mais pobres e reduzir a desigualdade, disse Kim. “Agora é o momento de se comprometer a acabar com a pobreza extrema”, disse ele em um discurso antes de reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional em 19 e 20 de abril, em Washington.”Estamos em um momento auspicioso na história, quando os sucessos de décadas passadas e uma perspectiva econômica cada vez mais favorável se combinam para dar aos países em desenvolvimento uma chance – pela primeira vez – para acabar com a pobreza extrema dentro de uma geração”, acrescentou.

Economistas calculam que a taxa de pobreza do mundo em desenvolvimento em 2012 era de cerca de 19%, o que representa em torno de 1,1 bilhão de pessoas, número inferior aos dado de 1,2 bilhão de pessoas de 2010. A taxa de pobreza global vem caindo em cerca de 1 ponto porcentual ao ano de 1981 a 2010, de acordo com dados do Banco Mundial – tal velocidade vem sendo mantida graças ao crescimento de países como a China, Índia e Brasil, que tiraram centenas de milhões de pessoas da pobreza, de acordo com o Banco Mundial e os Estados Unidos.

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Mas a maior parte do sucesso na redução da pobreza tem sido na China, enquanto regiões como o Sul da Ásia e a África Subsaariana ainda lutam com altos níveis de pobreza. Países frágeis, como o Afeganistão, também estão ainda atolados na pobreza.

Líderes mundiais tem cobrado o fim da pobreza extrema, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, e a nova líder do Malaui, Joyce Banda. A presidente Dilma Rousseff disse no mês passado que o Brasil estava perto de erradicar a extrema pobreza por meio do programa Bolsa Família, que está sendo replicado em outros países.

O foco em metas de pobreza surge no momento em que um painel de alto nível está trabalhando em um novo quadro de desenvolvimento global que olha além das Metas de Desenvolvimento do Milênio de 2015, de reduzir pela metade a pobreza global e a fome.

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Kim disse que o crescimento econômico é importante, mas não o suficiente para reduzir a pobreza e diminuir a diferença crescente entre ricos e pobres. Novos desafios de desenvolvimento como as alterações climáticas ameaçam a sobrevivência de milhões de pessoas pobres, advertiu ele.

Para alcançar a meta de 2030, disse Kim, as regiões mais pobres, como o Sul da Ásia e a África Subsaariana precisam de taxas altas sustentadas de crescimento e maior criação de emprego. O objetivo também depende de evitar choques econômicos, tais como aumentos nos preços de alimentos e combustíveis.

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(Com Reuters e Agência France-Presse)

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