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Brasil responde ‘de forma robusta’ a desafios, diz BC após rebaixamento

Órgão disse que usará austeridade fiscal, flexibilidade cambial e colchões de reservas para enfrentar desafios internacionais

Por Da Redação
25 mar 2014, 09h35

O Banco Central emitiu nesta terça-feira nota a respeito da decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que cortou a nota de crédito do Brasil de BBB para BBB- nesta segunda. Segundo o BC, o Brasil tem respondido e continuará respondendo “de forma clássica e robusta” aos desafios apresentados pelo quadro internacional, independentemente da avaliação da agência. Ainda segundo o comunicado, a resposta brasileira combina “austeridade na condução da politica macroeconômica, flexibilidade cambial e utilização dos colchões de proteção acumulados ao longo do tempo (reservas de liquidez) para suavizar os movimentos nos preços dos ativos.”

O BC ainda afirmou que o Brasil tem capacidade de atravessar a nova fase de normalização das condições financeiras globais com segurança, e destacou que o país vem recebendo fluxos de capital nos últimos meses, que refletem em grande parte as políticas em curso. “A qualidade das políticas em vigor deve manter o país bem preparado para o novo cenário internacional que se desenha”, completou o BC.

Na segunda-feira, a S&P cortou a nota da dívida brasileira para “BBB-“, a faixa mais baixa da categoria de grau de investimento, ante “BBB”, com perspectiva estável. Em reação ao rebaixamento, o Ministério da Fazenda também emitiu comunicado dizendo que a avaliação da S&P foi “inconsistente com as condições da economia brasileira” e “contraditória com a solidez e os fundamentos do Brasil”. O ministro Guido Mantega afirmou ainda que, desde 2008, o Brasil cresceu 17,8%, uma das maiores taxas acumuladas de crescimento entre os países do G-20.

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Em sua justificativa, a agência de classificação citou as “ações contraditórias” do governo, “com implicações negativas para as contas públicas e a credibilidade da política econômica”, somadas às fracas perspectivas de crescimento nos próximos anos.

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Rebaixamento – Na prática, a redução da nota de um país pelas agências de classificação de risco significa que seu acesso a crédito será menor e que os juros que paga serão maiores. O mercado, contudo, não espera que o Brasil tenha portas fechadas no curto prazo. “A nota do Brasil continua sendo a mais alta entre as de todas as grandes economias emergentes. No atual cenário global, é um país que ainda vale o risco para os investidores. O que a S&P fez hoje não mudará essa situação, na nossa avaliação”, afirma Tony Volpon, economista-chefe da área de mercados emergentes do banco Nomura.

O rebaixamento da nota do Brasil se deve, sobretudo, à combinação de “derrapagem fiscal, perspectiva de execução fiscal fraca nos próximos anos, capacidade limitada de ajustes devido às eleições de outubro e certa piora das contas externas”. Tais fatores, ligados essencialmente aos gastos públicos, são exacerbados pelas fracas perspectivas de crescimento econômico, diz a S&P.

A agência de classificação de risco apontou ainda como problema a perda de credibilidade na condução da política fiscal, em específico devido ao uso da contabilidade criativa. “O governo extirpou vários itens de gasto e receita da meta fiscal, além de diminuir essa meta ao longo do tempo.” O uso dos bancos estatais, financiados por fundos do Tesouro Nacional, também foi determinante para minar a credibilidade do governo, disse a S&P.

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(com agência Reuters)

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