Barbosa quer mudar cálculo do salário mínimo, mas promete manter ganho acima da inflação
Novo ministro admitiu que a atual política fiscal chegou ao limite e que a economia brasileira não se recuperou totalmente da crise financeira mundial
Em sua primeira fala como novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que o governo vai propor ao Congresso Nacional nova regra para cálculo do salário mínimo, no período de 2016 a 2019. Mesmo com eventual alteração, disse que “continuará a haver aumento real do salário mínimo”. Segundo ele, a proposta será encaminhada ao Congresso “no momento oportuno”.
Após receber o cargo da antecessora ,Miriam Belchior, Barbosa admitiu que a atual política fiscal chegou ao limite e que a economia brasileira não se recuperou totalmente da crise financeira mundial. Porém, afirmou que resultados dos ajustes pretendidos pelo governo serão sentidos rapidamente e citou como mudanças já anunciadas a elevação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e o pacote de endurecimento das regras para concessões de seguro-desemprego e abono salarial.
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Barbosa também admitiu que os ajustes a serem feitos na política econômica podem ter impactos negativos em curto prazo, mas afirma que eles são indispensáveis “para continuar nosso projeto de desenvolvimento econômico”. Segundo ele, “a palavra de ordem é melhorar a qualidade do gasto público, sempre orientado para uma estratégia de desenvolvimento com redução das desigualdades”.
Embora o mercado tenha projeções de que a economia terá crescimento de apenas 0,55%, Barbosa afirmou que medidas econômicas adotadas pelo novo governo vão garantir o retorno da “confiança” perdida pelo mercado brasileiro. O ministro evitou estabelecer metas de crescimento para 2015 ou para os próximos anos.
“As medidas que estão sendo adotadas darão resultado rapidamente. A economia vai absorver esses resultados e é possível que a gente volte a crescer num prazo rápido”, afirmou. “Não vamos definir prazo, mas o próprio mercado já prevê um crescimento maior em 2016”, completou ele.
Servidores públicos – Barbosa disse que o aprimoramento da gestão pública depende também da valorização dos servidores e que manterá o diálogo com todas as carreiras do funcionalismo público, mas ressaltou que tudo se dará “dentro das limitações econômicas que temos”. “Buscaremos equilibrar as justas demandas dos servidores com a nossa capacidade financeira”, acrescentou.
(Com Agência Brasil)