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Importados vão vender mais em 2013, mas fazem pacote anticrise

Segundo a associação das importadoras de veículos, alta das vendas neste ano não serão suficientes para evitar corte de empregos e fechamento de concessionárias

Por Da Redação
20 fev 2013, 12h45

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) manteve a estimativa de vendas de 150 mil veículos pelas empresas associadas em 2013, alta de 17% sobre as 129 mil unidades de 2012, mas prevê demissões e fechamento de concessionárias este ano. Segundo estimativas da entidade, cerca de 2 mil postos de trabalho devem ser fechados no setor, baixando o número para 23 mil empregados, e o número de concessionárias deve ser reduzido de 737 para 690.

As demissões e o fechamento de concessionárias ainda são resquícios da crise enfrentada em 2012, quando houve o aumento da alíquota do IPI para os veículos importados e ainda o aumento do dólar. “O pior já ocorreu no ano passado e as previsões de agora são um ajuste”, avaliou Marcel Visconde, vice-presidente da Abeiva.

Apesar da queda de 24,2% nas vendas de veículos importados das empresas ligadas à Abeiva, em janeiro sobre igual mês de 2012, algumas marcas de luxo, como Porsche e Jaguar, tiveram uma disparada nas vendas em 12 meses. Com 106 unidades no Brasil em janeiro, a Porsche viu suas vendas subirem 265,5% entre os períodos. As da Jaguar subiram 566,7%, de três para 20 veículos.

Segundo Visconde, que preside a Porsche no Brasil, a redução nos preços dos veículos das empresas que já se adequaram ao Inovar-Auto e os lançamentos de modelos no final do ano passado, explicam a alta nas vendas. “Muitos negócios feitos no Salão (Salão do Automóvel, em São Paulo) foram concretizados em janeiro. Além disso, o consumidor de alto nível é sensível ao preço, sim, e escolheu o melhor momento para comprar”, afirmou.

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Inovar-auto – A Abeiva informou que 69% de suas associadas, ou 11 empresas, já foram habilitadas pelo governo federal para o novo regime automotivo, o Inovar-Auto, e terão uma alíquota de IPI menor que os 55% atuais, até uma cota de 4,8 mil unidades ao ano por empresa. No entanto, a maior importadora do País, a Kia Motors, e outras marcas famosas, como Ferrari, Lamborghini e Rolls Royce, representadas pela Via Itália, ainda estão em processo de credenciamento.

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De acordo com Ricardo Strunz, diretor financeiro da Abeiva, além do processo inicial de entendimento da nova legislação, apresentada em 3 outubro de 2012 e em vigor desde 1º de janeiro, os maiores problemas enfrentados pelas empresas pleiteantes são a documentação solicitada e a exigência do governo de que, em 2017, os carros reduzam o consumo de combustíveis em até 14% sobre o atual. “A primeira leitura das matrizes foi de apavoramento para essa meta de redução de consumo”, disse Strunz.

No entanto, Strunz elogiou a cooperação do governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, na resolução dos problemas para a habilitação.”O governo tem sido altamente cooperativo em resolver os problemas individuais”, disse Strunz. “Temos o dever de casa de nos enquadrar ao Inovar-Auto, pois o programa é positivo e vamos tirar bastante proveito”, completou Marcelo Visconde, vice-presidente da Abeiva.

(Com Estadão Conteúdo)

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