NOVA YORK, 2 Mar (Reuters) – Os volumes de negociações de dívidas em mercados emergentes contraíram em 30 por cento no quarto trimestre, afetados por preocupações sobre transbordamento da crise de dívida europeia e levando a um declínio geral nas atividades em 2011, disse uma associação de indústrias nesta sexta-feira.
Para o ano inteiro, os volumes de negociações de dívidas caíram em 4 por cento para 6,506 trilhões de dólares, uma queda em relação à alta recorde em 2012 de 6,765 trilhões de dólares, disse a EMTA, a associação da indústria de negociação de dívidas de mercados emergentes, numa nota.
Os volumes do quarto trimestre caíram para 1,302 trilhão de dólares ante o mesmo período no ano anterior, disse a EMTA na nota. A queda em negociações ante o trimestre anterior foi de 26 por cento.
“O quarto trimestre de 2011 foi caracterizado por preocupações constantes sobre a Europa, um potencial contágio e alta volatilidade em negociações internacionais e outros mercados globais”, disse Eric Fine, administrador de portfólios do Van Eck Global, na nota da EMTA.
“O crescimento nos investimentos em mercados de bônus de países emergentes, em relação aos trimestres anteriores, como resultado de suas fortes performances durante a crise de 2008/2009, talvez tenha plantado a semente para uma redução de custos”, disse.
Os volumes de trocas em instrumentos de dívidas em mercados locais caíram 2 por cento em 2011, para 4,641 trilhões de dólares. A dívida local equivaleu a 71 por cento dos volumes de dívida de mercados emergentes reportados.
Instrumentos locais de Hong Kong foram os mais negociados, a 846 bilhões de dólares, seguidos por 704 bilhões de dólares no México, 528 bilhões de dólares no Brasil, 380 bilhões de dólares na África do Sul e 267 bilhões de dólares na Turquia.
Ativos do Brasil foram os terceiros mais negociados, a 722 bilhões de dólares em turnover, uma queda de 25 por cento no ano e 11 por cento em volume total de negociações.
(Por Daniel Bases)
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