Volkswagen suspende contratos de mais de 2,3 mil trabalhadores
Funcionários de fábrica de São Bernardo do Campo entrarão em regime de lay-off por cinco meses
A Volkswagen do Brasil vai colocar mais 2.357 trabalhadores em lay-off (suspensão dos contratos de trabalho) a partir de segunda-feira na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Eles ficarão em casa por cinco meses. Outro grupo de 220 funcionários dessa unidade já participa do programa desde 1.º de junho.
Além disso, nesta quinta e sexta-feira a empresa vai dispensar todos os 8 mil trabalhadores da produção – de um total de 12 mil na fábrica – para ajuste da produção à demanda, segundo informa o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Essa medida, chamada de “shut down”, vem sendo adotada ao longo do ano.
Na terça-feira, 30, a linha de montagem dos modelos Gol e Saveiro já ficou parada o dia todo por problemas de abastecimento de bancos fornecidos pela fabricante Keiper.
A Volkswagen confirmou que não houve produção ontem por falta de peças, mas não comentou sobre o lay-off nem sobre a parada de quinta e sexta-feira.
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Greves – Metalúrgicos da Mitsubishi em Catalão (GO) entraram em greve a partir da manhã desta quarta-feira, em protesto contra demissões. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, a paralisação é uma reação a anúncio feito pela montadora, na última sexta-feira, de que pretende demitir 403 funcionários, cerca de 15% do efetivo total da fábrica. Só entre segunda-feira e ontem, a entidade diz que 180 trabalhadores já foram dispensados.
A paralisação na Mitsubishi é a sexta greve deflagrada por metalúrgicos de montadoras no Brasil só este ano. Em maio, trabalhadores da Volvo em Curitiba (PR) paralisaram por quase um mês. Em abril, funcionários da Chery em Jacareí (SP) também cruzaram os braços por mais de 30 dias. Além disso, metalúrgicos da GM em São José dos Campos (SP) e da Volkswagen e da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) também entraram em greve entre janeiro e fevereiro.
(Com Estadão Conteúdo)