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Uma criptomoeda dispara, enquanto a outra segue estagnada. Mas por quê?

O Ethereum saiu da mínima de 990 dólares em junho – valor mais baixo da moeda no ano – para a máxima de 1.980 dólares em agosto

Por Luana Zanobia Atualizado em 7 set 2022, 13h44 - Publicado em 7 set 2022, 13h41

A elevação nas taxas de juros está penalizando o mercado acionário e os ativos considerados de risco, como as criptomoedas, o que em parte explica a derrocada desses ativos nos últimos meses. Após a queda de mais de 70% em seu valor, o Bitcoin, a maior criptomoeda do mundo em capitalização, mantém desde junho sua cotação no patamar em torno dos 20 mil dólares. Sem maiores oscilações para cima ou para baixo, a moeda segue estável, diferentemente do Ehereum que teve uma notável disparada, dobrando de valor nos últimos meses.

A segunda principal criptomoeda em capitalização saiu da mínima de 990 dólares em junho – valor mais baixo da moeda no ano – para uma máxima de 1.980 dólares em agosto. A última vez que a moeda tinha alcançado esse patamar foi em maio. Apesar da recuperação, o valor ainda está abaixo da cotação registrada em janeiro, de 3.700 dólares, e do seu recorde histórico, quando foi negociada em 4.800 dólares.

A disparada dos últimos dois meses está relacionada com a atualização do seu protocolo. A renovação da blockchain do Ethereum, chamada de The Merge, terá o potencial de aumentar as transações por segunda na rede. Atualmente, a rede suporta até 30 transações por segundo, e a atualização vai ampliar isso para até 100 mil transações por segundo. Além disso, ela deve fazer com que a mineração consuma menos energia, um dos grandes problemas das criptomoedas em meio à atual crise energética que o mundo enfrenta. Apesar das expectativas de valorização da moeda, o Ethereum acumula queda de 60% no ano. O Bitcoin também registra o mesmo nível de desvalorização no acumulado do ano.

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