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UE: Grécia deve respeitar compromissos para seguir no euro

Por Fred Dufour
24 Maio 2012, 07h07

Os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas afirmaram nesta quarta-feira que desejam que a Grécia continue na zona do euro, mas advertiram que Atenas deve cumprir seus compromissos com o bloco.

“Queremos a Grécia na zona do euro, mas (o país) deve respeitar seus compromissos”, disse o presidente da UE, Herman Van Rompuy, ao fim da cúpula de líderes das 27 nações.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, destacou que “apoiamos a Grécia, mas Atenas tem que cumprir” suas obrigações.

As declarações ocorrem após os países da zona do euro decidirem em Bruxelas preparar “um plano de contingência” para o caso da saída da Grécia do grupo.

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“Devemos prevenir, isto é normal, e preparar um plano de contingência, mas isto não significa dizer que a Grécia sairá do euro”, revelou um funcionário ligado às negociações.

Segundo Van Rompuy, “a zona do euro tem mostrado uma solidariedade considerável e já desembolsou, junto com o FMI, 150 bilhões de euros desde 2010”.

“Queremos que a Grécia continue com as reformas vitais para restaurar a solvência da dívida (…). Vamos esperar que após as eleições o novo governo grego faça uma opção”.

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Os gregos estão convocados a votar no dia 17 de junho, após eleições celebradas em 6 de maio que não permitiram a qualquer partido obter maioria para governar.

O presidente francês, Francois Hollande, que participou pela primeira vez de uma cúpula da UE, admitiu que “há reflexões sobre uma possível saída da Grécia”, mas “prefiro me dirigir aos gregos para lhes dizer: França e Europa querem que permaneçam na zona do euro”.

“Queremos que a Grécia continue com as reformas vitais para restaurar a solvência da dívida (…) e esperamos que após as eleições o novo governo faça esta opção”.

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Hollande também insistiu na possibilidade de que a emissão de eurobônus seja incluída na agenda da União Europeia para a cúpula de junho, como “mais uma etapa da integração” europeia.

O líder francês explicou que tem uma opinião “distinta” da chanceler alemã, Angela Merkel, que afirma que os “eurobônus não são um instrumento para se reativar o crescimento a curto prazo, mas uma perspectiva distante da integração europeia”.

Herman Van Rompuy disse que o assunto dos eurobônus “foi debatido” como uma “proposta a mais para reativar o crescimento”, mas destacou que “ninguém pediu sua imediata adoção”.

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Segundo uma fonte europeia, França e Alemanha estabeleceram esta noite “um verdadeiro eixo em sua relação: se você me dá algo eu lhe dou algo em troca”. Assim, Hollande coopera com os esforços de Merkel para obter uma ratificação rápida na União Europeia (UE) do pacto de disciplina fiscal e a líder alemã cede na questão dos eurobônus.

O chefe de governo da Espanha, Mariano Rajoy, defendeu a discussão sobre os eurobônus e pediu a seus parceiros da UE que se prepare o futuro do euro e se defina o novo papel do Banco Central Europeu.

“Devemos preparar o futuro do euro e tratar sobre que tipo de banco queremos, assim como dos eurobônus”, disse à imprensa na saída do encontro que durou até as 23h30 GMT (20h30 de Brasília).

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O debate sobre o futuro da UE, que segundo Rajoy deve rumar para uma “união monetária, fiscal e econômica” foi uma das cinco prioridades apresentadas na reunião.

“O euro é um projeto irreversível, ao qual não vamos renunciar”, assegurou.

As outras medidas são o controle do gasto público, “porque as administrações públicas não podem gastar o que não têm”, reformas para uma economia mais competitiva e flexível, assim como dentro da UE, o que espera que seja debatido na próxima reunião de líderes.

Soma-se a isso a “liquidez e a sustentabilidade da dívida pública”, que para o governo espanhol é neste momento um “tema capital” dado o alto juros pago pela Espanha para se financiar no mercado de dívida – ao redor de 6% -, por conta do receio dos mercados à situação de seus bancos devido à exposição dessas instituições ao arruinado setor imobilíario.

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