Tombini diz que crédito evolui moderadamente no país
Segundo o presidente do BC, inadimplência deve cair no segundo semestre

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira que o crédito evolui de forma moderada no país, com expansão de 18% em doze meses até abril e com concessões 10% superiores nos primeiros quatro meses do ano ante os números verificados em igual período de 2011. A declaração foi feita durante audiência pública na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização na Câmara dos Deputados. “Os dados prévios sinalizam recuperação das concessões, inclusive em veículos, e estamos presenciando redução dos juros e spreads. Começam a aparecer dados nesse sentido”, afirmou.
Tombini citou que o crédito total está na faixa de 50% do PIB e que o crédito imobiliário, em 5% do PIB, continua ganhando espaço. “O que é um movimento natural e que deve se ampliar no futuro. Ainda é um nível muito baixo, mas cresce a taxas elevadas, em linha com outras variáveis econômicas do país.”
Inadimplência – O presidente do BC disse que o spread – a diferença entre os custos médios de captação dos bancos e as taxas médias de financiamento a empresas e famílias – também teve “pequena redução”. Com isso, de acordo com avaliação do BC, a inadimplência deve cair ao longo do segundo semestre. Uma das explicações é que a inadimplência atual reflete operações mais antigas e que já há uma “safra” de crédito desde agosto que apresenta nível menor de atrasos. Ele citou, por exemplo, que as concessões de crédito para veículos realizadas a partir do segundo semestre de 2011 estão nessa situação.
Uma das explicações para taxas menores de atrasos e insolvência é a própria redução das taxas de juros desde agosto. “Isso inclusive facilita o processo de refinanciamento e renegociação de dívidas”, acrescentou.
Também devem contribuir para a queda na inadimplência, segundo Tombini, a perspectiva de aceleração do crescimento ao longo do segundo semestre, a geração de novos postos de trabalho, a taxa de desemprego em nível historicamente baixo e a renda em ascensão. O presidente do BC citou ainda a trajetória de queda da inflação, preservando os ganhos reais de salários e que gera uma capacidade maior de pagamento, e o prazo curto de maturação dos créditos no Brasil, que propicia um ajuste mais rápido das dívidas das famílias e empresas.
“Há defasagens. A distensão das condições financeiras vai cada vez mais sendo sentida na economia, que vai pegando maior velocidade. E quando a economia cresce, gera condições para redução da inadimplência. O recuo vai ser mais sentido no segundo semestre. A ‘safra de crédito’ já vem com mais qualidade desde o segundo semestre do ano passado. Isso indica que a inadimplência tende a recuar”, afirmou o presidente do BC.
(com Agência Estado)
Leia também:
BC diz que intervenção no Cruzeiro do Sul não afeta negócios
Leilão do BC faz com que dólar caia mais uma vez
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.