Taxa de desemprego nos EUA sobe para 7,6% em maio
Contudo, o país conseguiu criar 175 mil postos de trabalho no mês, acima das expectativas
A taxa de desemprego americana subiu levemente para 7,6% em maio, em relação à leitura de 7,5% em abril, conforme mostrou o relatório mensal de emprego (payroll) divulgado pelo Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. Apesar disso, diferentemente de outros momentos, a alta é vista com otimismo porque veio acompanhada da notícia de que mais trabalhadores entraram na força de trabalho.
Foram criados, nos Estados Unidos, 175 mil postos de trabalho em maio, superando a previsão de economistas, que esperavam 169 mil novos empregos. Analistas ouvidos pela agência Reuters também projetavam 170 mil. A aceleração da contratação de maio um sinal de que a economia está crescendo modestamente, mas não forte o suficiente para convencer o banco central do país a reduzir o volume de dinheiro que está injetando no sistema bancário. O número de criação de vagas em abril, no entanto, foi revisado para baixo, a 149 mil, de 165 mil na leitura original.
O setor privado criou 179 mil vagas no mês passado, se responsabilizando integralmente pelo resultado positivo de maio. O setor público, por outro lado, eliminou 3 mil vagas no mês passado. Os cortes no orçamento levaram ao congelamento de contratações em muitas agências do governo. Isso pode elevar os temores de que a austeridade do governo neste ano está consumindo o vigor da economia.
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Cerca de 4,4 milhões de norte-americanos estão desempregados há mais de seis meses, aproximadamente 3 milhões a mais que nos níveis pré-recessão. Quanto maior for o tempo que os trabalhadores estiverem sem emprego, maiores são os riscos de não estarem mais aptos ao trabalho. Isso pode causar dano duradouro à economia e vem dando urgência aos esforços do Fed para estimular a economia.
(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)