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Surpresa vinda dos serviços reforça atividade aquecida no início do ano

Setor de serviços impulsiona projeções de crescimento acima de 2,2% do PIB. Mercado de trabalho aquecido e juros em queda favorecem o cenário econômico

Por Luana Zanobia Atualizado em 15 mar 2024, 15h26 - Publicado em 15 mar 2024, 15h09

Em um ano em que o setor agropecuário mostra perda de força como motor do crescimento econômico — como aconteceu em 2023 — o setor de serviços dá sinais de fôlego e de que deve puxar o avanço do PIB neste ano. Em janeiro, o volume de serviços prestados avançou acima da estimativa do mercado, chegando ao terceiro mês consecutivo, impulsionado especialmente pelo aumento da atividade em cinemas e plataformas de streaming durante o período de férias. Este desempenho demonstra o papel crucial deste setor na retomada econômica.

“Em contraste com o ano passado, onde o crescimento estava concentrado no setor externo e na agricultura, setores que demandam menos emprego, agora vemos um crescimento mais voltado para o mercado interno. Isso significa mais empregos, mais renda disponível e, provavelmente, um aumento no consumo, além de um aumento nos investimentos das empresas ao longo do ano”, diz Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo Corretora.

O crescimento do setor de serviços neste ano é impulsionado por diversos fatores. O mercado de trabalho aquecido e a inflação controlada têm criado um ambiente favorável para o consumo. “Na nossa avaliação, esse é mais um resultado que reforça o bom momento da atividade econômica brasileira, que vem se beneficiando de um mercado de trabalho em pleno emprego, de uma massa salarial crescente e da inflação bem comportada. Olhando à frente, esperamos que esse cenário se mantenha pelo menos até meados do ano”, diz Igor Cadilhac, economista do PicPay.

As projeções econômicas apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2%. “Provavelmente o crescimento desse ano vai ser muito impulsionado pela demanda doméstica, que é exatamente o consumo e os investimentos”, diz Costa, da Monte Bravo Corretora. Segundo o especialista, os efeitos dos cortes de juros realizados pelo Banco Central ainda não foram totalmente sentidos na economia, e é provável que continuemos vendo reduções adicionais, o que pode estimular ainda mais o consumo. “Podemos esperar um crescimento do PIB maior que as projeções de 2,2%”, diz.  No entanto, a estabilidade na expansão dos serviços, aliada ao crescimento da indústria e à recuperação dos investimentos produtivos, será fundamental para alcançar, ou até mesmo ultrapassar, essa meta.

Apesar das perspectivas positivas, há desafios no horizonte. A possível queda no consumo das famílias pode impactar negativamente o setor de serviços, especialmente se não houver estímulos fiscais significativos por parte do governo. Além disso, a reforma tributária é um ponto de atenção, com potencial para impactar diferentes setores da economia, incluindo os serviços, dado que alguns bens e serviços terão redução de carga, e outros terão aumento.

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