“Strauss-Kahn não é a França”, diz Sarkozy
De maneira sutil, o presidente da França deixa claro que o país está acima do incidente relacionado ao ex-diretor do FMI
O presidente francês Nicolas Sarkozy – que deveria concorrer com Dominique Strauss-Kahn nas eleições presidenciais de 2012 – negou-se, nesta sexta-feira, a se posicionar no caso do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), acusado de tentativa de estupro nos Estados Unidos.
“Como chefe de Estado, acredito que é melhor não tomar partido”, respondeu Sarkozy quando questionado sobre a situação de Strauss-Kahn e como o caso afetaria a imagem da França.
Strauss-Kahn, que esteve à frente do FMI desde setembro de 2007, era o favorito do partido socialista nas pesquisas de intenção de voto relativas às eleições presidenciais francesas de 2012. Ele foi preso em 14 de maio em Nova York sob a acusação de tentar estuprar uma camareira de um hotel na cidade.
“Você me diz que o caso pode afetar a imagem da França, mas eu não sabia que Dominique Strauss-Kahn representava a França”, alegou Sarkozy na primeira vez em que se pronunciou publicamente sobre o caso. “Tudo o que eu ouvi reforçou minha decisão de permanecer calado. Há comentários que ouvimos, mas seria melhor não escutá-los. Soube de coisas chocantes”, declarou.
(com AFP)