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Starbucks vai fechar lojas por um dia para treinamento contra racismo

O evento está marcado para o dia 29 de maio em lojas nos Estados Unidos após dois negros serem algemados sem motivo em uma lojas da cafeteria em Filadélfia

Por Da Redação Atualizado em 18 abr 2018, 13h27 - Publicado em 17 abr 2018, 19h26

A rede de cafeterias Starbucks anunciou nesta terça-feira, 17, que vai fechar mais de 8.000 lojas próprias nos Estados Unidos na tarde do dia 29 de maio para treinar seus funcionários no combate à discriminação racial. O treinamento vai envolver cerca de 175.000 trabalhadores e fará parte do processo de integração de novos parceiros.

O anúncio, feito na Filadélfia, veio após a divulgação de um vídeo que mostra dois homens negros sendo presos em uma das lojas da marca enquanto esperavam um amigo. Os clientes não faziam nada de errado, mas foram presos depois de funcionários chamarem a polícia. As imagens, gravadas por uma cliente, causaram comoção e protestos em frente ao local e à convocação de boicotes à rede de cafeterias.

Depois do episódio, o CEO da Starbucks, Kevin Johnson, pediu desculpas aos homens que foram presos indevidamente. “A Starbucks se opõe firmemente à discriminação racial”, disse em comunicado.

“Eu tenho passado os últimos dias na Filadélfia para ouvir a comunidade, aprender com o que fizemos de errado e os passos que precisamos tomar para consertar”, disse ele, em nota divulgada para a imprensa. O treinamento vai promover a inclusão, prevenir discriminação e garantir que todos dentro da loja se sintam seguros e bem-vindos.

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O vídeo divulgado por uma cliente, Melissa DePino, mostra policiais interrogando e algemando os dois homens, que não ofereceram resistência. Em sua conta no Twitter, no dia 12, Melissa escreveu: “A polícia foi chamada porque esses homens não pediram nada. Eles estavam esperando um amigo aparecer, mas foram algemados por não fazerem nada. Todas as outras pessoas brancas se perguntaram por que isso nunca aconteceu conosco quando fazemos a mesma coisa”.

No ano passado, um casal e pais de uma menina negra de 11 anos afirmam que a filha sofreu discriminação racial na loja Starbucks localizada nos Jardins, área nobre da capital paulista. Na ocasião, a empresa se manifestou dizendo que a acusação é séria e será investigada. “Se existe, por parte da família, o sentimento de que a experiência não foi agradável, sem dúvida alguma nós não atingimos o que era esperado e, por isso, estamos realizando uma apuração completa do ocorrido”, informou, em nota.

No Brasil, as lojas da rede não vão fechar no dia 29 de maio. Segundo nota enviada à VEJA, a Starbucks informa que “a companhia disponibilizará o material educacional do treinamento para as lideranças e partners (como chamamos nossos colaboradores) no Brasil e em outros mercados, incluindo os parceiros que funcionam sob acordo de licenciamento”.

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