Soou ‘estranho’ Galípolo no Banco do Brasil, e sua passagem deve ser breve
No banco, sentimento é que ele terá de renunciar ao cargo de presidente do conselho de administração assim que assumir posição no BC
Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, recém-indicado para ocupar o cargo de diretor de política monetária do Banco Central, foi eleito presidente do conselho de administração do Banco do Brasil, nesta sexta-feira, 12. Sua indicação ao BB ocorreu no dia 27 de abril, pela presidente Tarciana Medeiros, portanto antes de ser anunciado para o BC. Desde então, seu nome corria nos corredores da estatal.
No Banco do Brasil, ninguém acredita que ele permanecerá no cargo após ter sua nomeação ao Banco Central aprovada pelo Senado, com sabatina ainda sem data marcada. O conflito de interesses seria flagrante. “Soou estranho porque isso tudo ficou espremido no tempo”, afirmou a VEJA uma fonte com trânsito no topo do BB. Fosse mais “espaçada”, sua saída ao BC após passagem pelo BB soaria natural.
Caso seja aprovado como diretor de política monetária pelo Senado, o economista será um dos diretores a compor o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, participando das discussões do colegiado para a formação da taxa básica de juros (Selic). Ele foi indicado para ocupar o cargo na última segunda-feira, 8, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.