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Setor de serviços cresce 0,8% em julho, diz IBGE

Apesar disso, o volume do setor ainda está em patamar 1,2% abaixo do registrado em dezembro de 2018

Por da Redação
12 set 2019, 10h27

Após queda intensa no mês anterior, o volume de serviços no país cresceu 0,8% em julho ante junho, segundo divulgou nesta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal de Serviços.

Apesar do resultado positivo, o desempenho não foi suficiente para conter as perdas do setor no ano, que ainda apresenta índice 1,2% abaixo do registrado em dezembro de 2018. 

Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, três das cinco atividades pesquisadas tiveram alta em julho: serviços de informação e comunicação (1,8%), que tem peso importante no indicador; serviços auxiliares aos transportes e correio (0,7%); e outros serviços (4,6%). Do lado negativo, tanto os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%) como os serviços prestados às famílias (-0,5%) registraram segunda queda mensal seguida.

No mês passado, todas as atividades recuaram, no pior desempenho para um mês desde a greve dos caminhoneiros.

Já na comparação anual, o setor cresceu 1,8% em julho, melhor resultado para o mês desde 2014, com expansão de quatro em cinco atividades. De janeiro a julho, o índice cresceu 0,8% na comparação com o mesmo período de 2018; e no acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é positivo em 0,9% – em junho era 0,7%.

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Apesar dos resultados positivos no mês, o IBGE salienta que o setor de serviços não vive um ano positivo, e que o desempenho registrado em julho não compensa as perdas apresentadas até então. O índice ainda está 11,8% abaixo do recorde alcançado em maio de 2014 e 1,2% menor do que o apresentado em dezembro do ano passado.

Em comentário divulgado no levantamento, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, diz que a queda em 2019 pode ser explicada pelo setor de transportes, que está 2,8% menor que no fim do ano passado – as outras quatro atividades têm alta. “O transporte de carga, em especial o terrestre, tem uma grande aderência ao setor industrial. Esse resultado é influenciado pela magnitude da queda, além do peso do setor de transportes, que representa 31,25% nos serviços”, diz Lobo.

Esse foi o primeiro resultado divulgado após a divulgação do PIB pelo governo. No segundo trimestre, o setor de serviços registrou alta de 0,3% em comparação ao período ligeiramente anterior.

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