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Setor de serviços recua 5% em 2016, pior resultado desde 2012

Este foi o segundo ano seguido de baixa, após queda de 3,6% em 2015, quando o setor registrou o primeiro resultado negativo na série.

Por Da redação
Atualizado em 15 fev 2017, 12h11 - Publicado em 15 fev 2017, 11h01

As fortes perdas na atividade de transportes pesaram em 2016 sobre o setor de serviços, que terminou o ano com o maior recuo da série ao sucumbir à recessão econômica e apresentar em dezembro resultados piores do que o esperado. Em 2016, o volume de serviços encolheu 5%, o pior resultado da série iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo ano seguido de recuo, após queda de 3,6% em 2015, quando o setor registrou o primeiro resultado negativo na série.

De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, o setor cresceu 0,6% em dezembro sobre o mês anterior e recuou 5,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, pior resultado para o mês na série. “Não dá para dizer que o setor de serviços entrou numa fase de recuperação. Outubro foi muito ruim e dezembro ficou longe de um bom resultado”, afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE Roberto Saldanha. “Para o setor de serviços reagir precisa que o setor industrial retome seu crescimento contínuo e que haja a retomada de investimentos que implicam na contratação de empresas e consultorias”, acrescentou.

Transportes

Em 2016, a atividade de Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou a maior queda, de 7,6%, apesar do avanço de 0,4% em dezembro. O destaque ficou para as perdas de 10,4% em Transporte terrestre, influenciado diretamente pelo resultado fraco da indústria brasileira no ano passado devido à forte dependência do transporte de cargas, de acordo como IBGE.

Também se destacou no ano passado o desempenho de Serviços profissionais, administrativos e complementares, com retração de 5,5%.O volume do chamado agregado especial Atividades turísticas avançou 3,1% em dezembro sobre novembro, mas acumulou no ano recuo de 2,6%.

(Com Reuters)

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