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Reservas internacionais custam 45 bilhões de reais ao contribuinte

Em um acentuado movimento de compra de dólares, o Banco Central já gastou mais do que o total de investimentos públicos previstos para 2010

Por Da Redação
16 out 2010, 10h11

A manutenção das reservas internacionais em níveis superiores a 280 bilhões de dólares custa ao contribuinte brasileiro cerca de 45 bilhões de reais ao ano, o equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativas de economistas como o ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore e o ex-diretor da instituição Alexandre Schwartsman.

O valor supera o total de investimentos públicos previstos para 2010. No primeiro semestre, o governo investiu um recorde de 20,6 bilhões de reais. Se mantiver o ritmo – o que é difícil, porque a lei eleitoral veta desembolsos próximos do pleito -, o total no ano chegará a 41,2 bilhões de reais.

As reservas custam caro porque o BC aplica a maior parte dos recursos em títulos públicos de países desenvolvidos, notadamente dos Estados Unidos, que atualmente pagam taxas de juros próximas a zero. Como o Brasil não tem excedente orçamentário para adquirir os dólares, o governo o faz por meio de endividamento. Só que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, está em 10,75% ao ano. A diferença entre o juro externo e o interno é o custo das reservas.

Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil caminha rapidamente para chegar a reservas de 300 bilhões de dólares. “Nós temos um custo de fato, mas é melhor pagá-lo a ter uma economia mais vulnerável”, disse, em entrevista ao canal GloboNews.

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Medidas – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nessa sexta-feira que o governo adotará novas medidas para conter a valorização do real frente ao dólar. Entre as medidas apontadas por Mantega estão o controle das operações bancárias com dólar. Ele disse que o governo está “particularmente atento” a essas operações. “Não se preocupem, porque nós temos as armas”, afirmou.

Mantega disse que o objetivo do governo é impedir a oscilação do câmbio e admitiu que o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as aplicações de investidores estrangeiros em renda fixa ainda não surtiu o efeito esperado.

(com Agência Estado)

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