Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Reforma tributária é a única forma de o Brasil crescer’, afirma Tebet

Ministra do Planejamento clama pela aprovação da proposta, sugere crescimento ainda maior neste ano e afirma que equipe econômica tem feito 'lição de casa'

Por Pedro Gil Atualizado em 24 ago 2023, 10h02 - Publicado em 24 ago 2023, 09h40

Com o início da queda de juros, safra recorde de soja, aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados e o próprio arcabouço fiscal, aprovado na terça-feira, 22, o mercado começou a ajustar expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Analistas, que em janeiro previam crescimento de 0,8% da economia em 2023, agora já falam em 2,3%.

Os dados, de fato, corroboram o otimismo. Os últimos indicadores para a indústria, comércio e serviços confirmaram a melhora da produção e do emprego no trimestre. A indústria cresceu 0,4% na margem, com ajuste sazonal, com forte contribuição do extrativismo mineral (2,7%). No comércio ampliado e nos serviços, observou-se crescimento do volume para o último trimestre. Outro indicador importante para mensurar os serviços de transporte é visto pelo fluxo nas estradas, que cresceu 0,7%. De forma agregada, o indicador de atividade do Banco Central (IBC-br), a prévia do PIB, sinalizou que a atividade geral cresceu 0,63% em junho. Além disso, o mercado de trabalho segue robusto. A população ocupada, com ajuste sazonal, apresentou crescimento nos principais setores, como indústria (1,8%), comércio (2,0%) e serviços (2,4%).O desafio é não perder a oportunidade e cair em novo voo de galinha. “Só tem uma forma de o Brasil crescer pela primeira vez em 40 anos de forma sustentável e equilibrada: pela aprovação da reforma tributária”, diz a ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Em entrevista a VEJA, Tebet afirma que a reforma tributária trará condições de igualdade de competição para a indústria nacional e sugere que o crescimento pode ser ainda maior do que as estimativas oficiais.

No início do ano, o mercado falava em crescimento de 0,8% do PIB em 2023. A expectativa agora é de crescimento de 2,3%. As expectativas seguirão sendo surpreendidas? Nós somos os primeiros a mostrar com dados e métricas que o Brasil cresceria entre 2,1% e 2,3% mesmo se não fizéssemos mais nada a partir do relatório de crescimento do PIB, ancorado no resultado do agronegócio, que cresceu 1,9% no trimestre. Isso de forma conservadora. Desde então, aconteceram duas situações: vimos uma desaceleração maior da inflação de alimentos e serviços, que muitos achavam que não ia acontecer, e o início da queda de juros e o indicativo de que 0,50 pontos percentuais será a régua desse processo.

Continua após a publicidade

Alguns analistas já falam em crescimento de 3% no ano. Isso está no radar da equipe econômica? A gente não pode falar em 3%, nem poderia falar sem estudos prontos, dependemos de números mensais. Então não temos nada oficial. Nós temos a obrigação de trabalhar de forma conservadora e absolutamente segura. Na nossa projeção, o crescimento previsto já era de 2,3% antes desses dois fatores que mencionei. Significa que podemos chegar em 2,5%. O mercado já está com projeção três vezes maior que no início do ano.

O desempenho do PIB neste primeiro semestre foi puxado pela safra de soja recorde do agronegócio. A indústria está acompanhando esse bom desempenho? A indústria está patinando e não tem acompanhado o agronegócio. A reforma tributária, que é a reforma da indústria, vai tirar carga da indústria e gerará empregos e produtividade. Isso, claro, vai impulsionar o PIB. Indústria forte faz a roda da economia girar. Ela só precisa de duas coisas: a reforma tributária e crédito mais barato.

O Brasil não cresce de forma sustentável há pelo menos uma década. O que garante que o crescimento previsto para este ano não será só mais um “voo de galinha”? Só tem uma forma de o Brasil crescer pela primeira vez em 40 anos de forma sustentável e equilibrada: pela aprovação da reforma tributária. Fazemos a lição de casa, honramos compromissos, mas olhando para fora, para que o Brasil gere emprego e renda, precisamos de uma indústria competitiva que gere renda, emprego e crescimento. E isso só virá quando a indústria estiver em condições de igualdade de competição com outros países.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.