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Recursos de programa automotivo no fim impõem desafio ao setor

Recém-anunciado e com poucos recursos, programa de créditos para o incentivo à compra de automóveis 'populares' entra na reta final

Por Felipe Mendes Atualizado em 19 jun 2023, 18h26 - Publicado em 19 jun 2023, 18h26

Mais de 60% do montante previsto para o programa de incentivo à compra de carros já foi utilizado. O valor dos créditos tributários utilizados até então ultrapassa os 300 milhões de reais — a previsão do governo é que o programa alcance os 500 milhões de reais. Anunciado há pouco mais de duas semanas, o programa de dedução de impostos teria, a princípio, duração de quatro meses, mas teve sua duração reduzida. Especialistas apontam que os créditos concedidos pela iniciativa beneficiam, sobretudo, os compradores de carros de médio porte, acima dos 100 mil reais, e que não resolvem os problemas do setor automotivo.

“Nos primeiros dias, ficou evidente que o programa não veio para garantir descontos aos veículos da primeira faixa, até porque quem tem liberação de crédito garantida nesse momento não são as pessoas mais pobres, essas têm uma liberação de crédito um pouco mais morosa”, afirmou o especialista Milad Kalume Neto, diretor da Jato Dynamics do Brasil. “O montante da receita destinada aos veículos de passeio foi muito pequena, então vai se esgotar. Não dá para dizer que não é interessante, mas está longe de ser a solução para o problema do setor automotivo brasileiro.”

Para Kalume Neto, o benefício dado pelo governo não trará legado algum para a cadeia além de um pequeno alívio para o estoque do mercado. “Terminando o prazo, você vai ter simplesmente um retorno às alíquotas anteriores. A expectativa seria de que ajudasse o setor em um primeiro momento para que a partir desse empurrão o próprio mercado conseguisse se sustentar com juros mais baixos e com a liberação de crédito de forma mais tranquila, mas a gente não está vendo isso”, diz ele. “A solução para os problemas do setor no Brasil passa pelo apoio a uma reforma tributária mais ampla, por uma discussão sobre produtividade, sobre a competitividade da indústria brasileira como um todo.”

Por ora, os descontos tem variado em uma faixa de 2.000 reais a pouco mais de 8.000 reais por unidade. Como mostrou reportagem de VEJA, os modelos de carros com maiores descontos nesse início de programa foram o Renault Kwid (8.350 reais), o Caoa Chery Tiggo 7 (7.495 reais) e o Fiat Mobi (7.335 reais).

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