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Quedas propositais de pilotos acendem alerta para empresas aéreas

Indícios de que acidente da China Eastern Airlines foi causado por piloto preocupam empresas, por aumento da casos deliberados dentre tragédias aéreas

Por Da Redação Atualizado em 16 jun 2022, 20h37 - Publicado em 16 jun 2022, 15h35

O avanço tecnológico da aviação comercial nas últimas décadas é espantoso. A ponto de tornar as viagens aéreas mais eficientes, confortáveis e mais seguras. Mas, enquanto os números de acidentes aéreos diminuíram fortemente nos últimos anos, os casos de quedas deliberadas causadas pelos pilotos aumentaram, criando uma nova frente de preocupações para as operadoras. É o que mostra uma pesquisa da AviationSafetyNetwork em parceria com a Boeing.

O risco de se envolver em um acidente fatal de avião é de 1 em 10 milhões, de acordo com a fabricante de aeronaves. Entre 1991 e 2000, foram 7.282 mortes em acidentes causados por erros humanos ou falhas nos aviões. Esse número caiu para 5.005 pessoas, entre 2001 e 2010, e na década seguinte o total de óbitos caiu para 1.858. Desde o início de 2021, foram apenas 62 ocorrências.

Mas, os casos de quedas intencionais estão em alta. O último registro, ainda a ser oficialmente confirmado, é o do voo da China Eastern Airlines, que caiu de nariz em março deste ano e matou 132 pessoas. Dados da caixa-preta do avião mostram que houve um comando intencional de dentro da cabine que ocasionou a queda, informou o The Wall Street Journal. Se confirmada a causa da queda, será a quarta do tipo desde 2013.

Casos similares na década de 1991 a 2000, como o do voo 990 da EgyptAir, em 1999, contabilizaram 365 mortes. Entre 2001 — ano dos ataques ao World Trade Center em Nova York, que não são contados por se tratarem de atos terroristas — e 2010, o número de vítimas fatais despencou a zero. Agora, há uma nova crescente. Entre os anos 2011 e 2020, foram 422 mortes causadas intencionalmente pelos pilotos. O desaparecimento do voo 370 da Malaysia Airlines, no Oceano Índico, em 2014, é uma das ocorrências envolta em mistério, suspeita de queda deliberada. E os dados mais recentes assustam: se “apenas” 62 pessoas morreram devido a acidentes entre 2021 e 2022, já são somados 132 vítimas por causa de mergulhos para a morte no mesmo período.

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Tal tendência deve levar ao aumento de medidas de segurança por parte da indústria, que já demonstra preocupação em cuidar da saúde mental de seus empregados e formas de identificar doenças de seus pilotos. Dessa forma, a segurança crescente de viajar em aviões, por conta do desenvolvimento da tecnologia das aeronaves, não será ameaçada.

No caso mais recente, o Boeing 737-800 da China Eastern Airlines estava viajando em alta altitude quando de repente mergulhou em uma posição quase vertical, chocando-se contra uma montanha em grande velocidade. Segundo dados do voo monitorado pelo site Flightradar24, o Boeing 737-800 cortou o ar a 966 quilômetros por hora, próximo à velocidade do som, o que levou a suspeitas quanto à possibilidade de não se constituir uma falha dos equipamentos.

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