RIO DE JANEIRO, 8 Mai (Reuters) – A produção de petróleo no Brasil em março foi de 2,085 milhões de barris/dia (bbd), volume apenas 0,1 por cento maior que o mesmo mês de 2011 informou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) nesta terça-feira.
Na comparação com fevereiro a queda foi de 5,4 por cento em março. A maior redução foi verificada no campo de Frade, operado pela Chevron e onde a Petrobras possui 30 por cento da concessão, devido à interrupção de produção após dois vazamentos de óleo.
O impacto da paralisação da produção em Frade não foi maior graças ao aumento da produção da área do pré-sal, que registroucrescimento de 12 por cento em relação ao mês de fevereiro, chegando a 158,5 mil barris de óleo equivalente por dia. A produção foi oriunda de oito poços nas bacias de Jubarte, Lula, Caratinga e Barracuda e Marlim Leste.
A produção de gás natural foi de aproximadamente 66 milhões de metros cúbicos/dia em março, volume 7,7 por cento maior que o mesmo mês do ano passado, e queda de 1,4 por cento em relação ao mês anterior.
A queima de gás natural foi de aproximadamente 3,7 milhões de metros cúbicos/dia. Houve redução de 0,1 por cento em relação ao mesmo mês em 2011 e aumento de 11,3 por cento na comparação com fevereiro.
O principal aumento na queima foi registrado no campo de Lula, devido ao início de um novo teste no poço 4BRSA711RJS com a plataforma FPSO Cidade de São Vicente.
ESTATAL
A Petrobras respondeu por 92,7 por cento da produção de petróleo e gás natural. Os campos marítimos foram responsáveis por 91,4 por cento da produção de petróleo e 74,9 por cento da produção de gás natural.
O campo de Marlim Sul foi o de maior produção de petróleo e também o maior produtor de gás natural, com uma produção médiade 323,1 mil barris de óleo equivalente/dia.
O grau API médio do petróleo produzido março foi de 23,7. Deste total, 8 por cento da produção é considerada óleo leve (superior ou igual a 31 API), 55 por cento de óleo médio (entre 22 e 31 API) e 37 por cento de óleo pesado (inferior a 22 API).(Reportagem de Leila Coimbra; Edição de Eduardo Simões)