Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Presidente do BC diz por que não dá para baixar juros na marra

Ilan Goldfajn afirma em entrevista a VEJA desta semana que não existe nada sem juros no mundo

Por Fabiana Futema Atualizado em 17 mar 2018, 06h00 - Publicado em 17 mar 2018, 06h00

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, diz que não dá para obrigar as instituições financeiras a reduzir os juros das linhas de crédito ao consumidor na marra. Desde que assumiu o cargo, em junho de 2016, a taxa básica de juro da economia caiu de 14,25% para 6,75% em fevereiro. E ela pode cair ainda mais, já que a inflação veio menor que o mercado esperava. O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne nos dias 20 e 21 para decidir a nova taxa. Segundo o economista, a adoção de outras medidas pode acelerar o processo de redução do juro bancário, como a ampliação do cadastro positivo de crédito (espécie de lista de bons pagadores). A seguir, sua entrevista.

Não é possível cobrar dos bancos que repassem essa redução dos juros para os clientes? A gente sempre conversa, mas a ideia do voluntarismo, de derrubar à força, não dá certo. Isso já foi tentado uns anos atrás. Uma parte da crise que enfrentamos hoje, na qual os juros foram lá para cima, foi um pouco pela tentativa de fazer meio na marra. Não podemos cair nessa tentação de resolver tudo para amanhã, pois os problemas são de décadas.

O mercado já espera uma nova redução da taxa básica de juros. Há espaço para mais cortes? Na última reunião do Conselho de Política Monetária, o Copom, avaliamos que, caso o cenário básico sobre o qual o BC trabalha evoluísse conforme esperado, o mais adequado seria interromper o processo de queda de juros. Mas dissemos também que essa visão poderia se alterar e levar a uma queda adicional. Vamos aguardar para analisar e decidir na próxima reunião. O que posso dizer é que a inflação do começo do ano (0,61% no primeiro bimestre) surpreendeu para baixo a maioria dos analistas e também o Banco Central.

O senhor já disse que a população precisa saber que existe um custo para as compras parceladas no cartão de crédito. A ideia é acabar com o parcelamento sem juros? Não vamos acabar com o parcelamento sem juros. O mais importante é que todo mundo saiba, de forma bem transparente, que infelizmente não há nada sem juros neste mundo, ainda mais no Brasil, onde eles são altos. Acreditar que alguma coisa não tem juros é acreditar que ela não tem custo. O juro existe e aparece nas taxas do cartão de crédito, que são altíssimas. No fim, um está pagando pelo custo do outro.

Continua após a publicidade

Assine agora o site para ler na íntegra esta reportagem e tenha acesso a todas as edições de VEJA:

VEJA_2574

Ou adquira a edição desta semana para iOS e Android.
Aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.