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Preocupado com futuro do euro, FMI pede ação por parte do BCE

Por Da Redação
18 jul 2012, 13h07

O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu em um relatório publicado nesta quarta-feira que a zona do euro continua em perigo e pediu aos europeus para que estabeleçam o quanto antes uma maior união bancária, solicitando especificamente ao Banco Central do bloco para que atue contra a crise através da injeção de mais liquidez.

“A crise econômica na zona do euro alcançou um nível crítico que gera dúvidas sobre a continuidade do grupo”, advertiu o Fundo. “Os laços negativos entre as finanças dos estados, os bancos e a economia real são mais estreitos que nunca”, prossegue a instituição com sede em Washington, que recomenda o estabelecimento imediato de uma união bancária na zona do euro.

O diagnóstico foi feito no mesmo dia em que a chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar otimista sobre o futuro do projeto europeu, embora não esteja certa de que ele funcionará, conforme afirmado pela chanceler em uma entrevista divulgada nesta quarta-feira no site de seu partido, o conservador CDU.

“O projeto europeu ainda não está construído de maneira a nos garantir que tudo funcionará bem. Isto significa que precisamos seguir trabalhando. Temos muito a fazer, mas sou otimista e acredito que conseguiremos”, afirmou. “Alguns países na Europa ainda têm muito trabalho a fazer (para recuperar a confiança dos mercados) e superar a crise da dívida e a crise da competitividade”, acrescentou a chanceler.

Segundo o FMI, “os avanços nesta direção através da reunião de 28 e 29 de junho são bem-vindos, mas é preciso acelerar as reformas”.

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O segundo pacote de recomendações do FMI traz medidas para estimular o crescimento.

A instituição publicou no dia 15 de julho previsões de crescimento negativas para este ano na zona do euro (-0,3%) e de 0,7% em 2013 (contra uma previsão anterior de 0,9%).

Para o organismo, o Banco Central Europeu teria que proporcionar defesas contra a escalada da crise, com um programa de injeção de liquidez.

Trata-se, segundo o FMI, de aplicar uma política de “flexibilidade quantitativa” com um programa de compra de bônus da dívida soberana. A instituição recomenda assim novas operações de empréstimo a curto prazo aos bancos europeus (as chamadas LTRO).

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“Levando em conta que a inflação está fraca e tende a diminuir, o BCE pode reduzir suas taxas de juros e tomar outras medidas não convencionais visando reduzir a pressão sobre alguns mercados”, diz o relatório.

O FMI considera ainda que a zona do euro teria que reforçar sua integração orçamentária através de “formas limitadas, mas evoluídas de mutualização da dívida”, de acordo com um relatório da instituição publicado nesta quarta-feira.

O organismo pede, entre outras coisas, pela criação dos “eurobills” (Bilhetes do Tesouro da zona do euro), que mutualizariam títulos da dívida emitidos a curto prazo pelos países da zona do euro, e pela criação de um fundo de reembolso da dívida.

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