Prejuízo da MPX Energia sobe 72,5% no 2º trimestre
Contudo, a companhia conseguiu reverter o prejuízo visto um ano antes e somou R$ 395,1 milhões entre abril e junho de 2013
A MPX Energia, braço da EBX do empresário Eike Batista, divulgou, na noite da terça-feira, um prejuízo de 233,2 milhões de reais no segundo trimestre. O resultado é 72,5% superior ao prejuízo registrado há um ano. Por outro lado, a companhia reverteu a perda de 56,9 milhões de reais em sua receita operacional líquida no segundo trimestre de 2012 e teve um saldo positivo, entre abril e junho de 2013, de 395,1 milhões de reais nesta conta.
A empresa registrou Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de 38,6 milhões de reais, pouco acima do saldo negativo visto no mesmo período do ano passado, de 37,9 milhões de reais.
Investimentos – Ao todo, a MPX investiu 552,3 milhões de reais no segundo trimestre, recursos que foram destinados à construção das usinas termelétricas Pecém II, Itaqui e Parnaíba I e II. A companhia investiu outros 28,2 milhões de reais por meio da coligada OGX Maranhão. O aporte foi feito na campanha de exploração da Bacia do Parnaíba e no desenvolvimento dos campos de Gavião Real e Gavião Branco. Em relação à Pecém I, o projeto da usina já custou um investimento de 27,3 milhões de reais no trimestre, considerando 100% do projeto.
No primeiro trimestre do ano, a MPX já tinha feito aportes de 305,6 milhões de reais. Ao todo, a companhia de energia investiu 857,9 milhões no primeiro semestre do ano.
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Endividamento – A MPX Energia fechou o segundo trimestre com uma dívida bruta consolidada de 5,733 bilhões de reais, aumento de 5% frente à posição de 31 de março de 2013. De acordo com a companhia, a dívida de curto prazo correspondia a 2,651 bilhões de reais no último dia 30 de junho – cerca de 309 milhões de reais a mais do que o apurado no primeiro trimestre.
No balanço, a empresa destaca que 845,3 milhões de reais do saldo da dívida de curto prazo referem-se aos empréstimos-ponte (emergencial) de Parnaíba I (125,1 milhões de reais) e Parnaíba II (720,1 milhões de reais), que, segundo a MPX, deverão ser quitados ao longo deste ano. Outros 276,2 milhões referem-se à parcela corrente das dívidas de longo prazo de Pecém II, Itaqui e Parnaíba I.
A MPX informou ainda que, de acordo com as novas regras do IFRS, as dívidas de Pecém I (1,138 bilhão de reais) não estão mais incluídas no consolidado dos empréstimos e financiamentos.
A companhia terminou o segundo trimestre com um custo médio da dívida de 8,5% e o prazo médio de 4,6 anos.
(com Estadão Conteúdo)