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Preços das commodities despencam com incertezas sobre a China

Incertezas sobre o crescimento chinês derrubaram preços, em especial de minério de ferro e cobre

Por Da Redação
24 ago 2015, 19h02

Os preços das matérias-primas sofreram uma forte queda nesta segunda-feira afetados pela preocupação dos investidores com os rumos da economia chinesa, uma das maiores compradoras desse tipo de produto e a segunda maior economia do mundo.

Os analistas explicam o fenômeno com base em indicadores que mostram a queda no consumo na China, mesmo com os juros em patamares baixíssimos e as constantes intervenções do governo para movimentar a economia. “O mercado passou a questionar: não adianta estimular e reduzir compulsório, pois o crescimento não vem. Talvez o problema seja mais grave, a redução na confiança dos consumidores”, destaca Celson Plácido, da XP Investimentos. “A grande queda das matérias-primas é o reflexo do pessimismo sobre a China”, completa Daniel Ang, analista da Phillip Futures, de Cingapura.

Bolsas derretem com o temor sobre a China
Bolsas derretem com o temor sobre a China (VEJA)

Os operadores levam em conta que a economia chinesa terá o menor crescimento em 25 anos em 2015, de cerca de 7%. O avanço meteórico do PIB chinês nos últimos anos foi o grande responsável por manter os preços das commodities elevados. Fora isso, os especialistas avaliam que os valores serão impactados pelo recuo na atividade industrial da gigante asiática.

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O barril de petróleo nos Estados Unidos fechou abaixo do patamar simbólico dos 40 dólares, a 38,24 dólares, o menor preço desde fevereiro de 2009. Outras commodities necessárias para as fábricas, como o cobre e o alumínio, também chegaram a níveis não vistos em muito tempo.

O cobre, cujo preço é considerado um termômetro por seu amplo uso em todos os setores da indústria, caiu abaixo dos 5.000 dólares por tonelada pela primeira vez desde a crise financeira de 2008, enquanto o alumínio desceu ao nível mais baixo em seis anos.

Segundo o Índice Bloomberg, que enumera os preços de 22 matérias-primas (de ovos a ouro), os valores recuaram ao nível mais baixo desde agosto de 1999 – ou seja, o menor do século.

Os investidores começam a temer seriamente que a debilidade da economia chinesa cause um efeito em cadeia e acabe afetando toda a economia mundial. Entre meados de junho e o fim de julho, a Bolsa de Xangai perdeu quase 30% de seu valor, levando o governo a adotar medidas drásticas, como a forte desvalorização da moeda nacional para tranquilizar o mercado. Essas medidas foram interpretadas pelos investidores como um sinal de que os problemas enfrentados pela economia chinesa são maiores do que se imaginava.

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“O mercado espera algo mais incisivo, pois não está acreditando que esta é a melhor hora para comprar ações chinesas”, avalia Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital, Paulo Figueiredo.

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(Com agência AFP)

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