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Bovespa reduz perdas após anúncio de corte de ministérios

Depois de cair 6% na abertura do pregão, Bovespa devolve perdas e opera em baixa de 'apenas' 0,96%

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 ago 2015, 14h26

A Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa, reduziu as perdas no início da tarde da tarde desta segunda-feira, depois que o governo anunciou que reduzirá de 39 para 29 o número de ministérios. Às 14h07, o índice Ibovespa era negociado em queda de 0,96%, a 45.280 pontos, depois de ter mergulhado mais de 6% no início do pregão, alcançando patamares de 2007.

Oito meses depois de assumir seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira a intenção de cortar dez pastas. Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que, com menos ministérios, será possível também reduzir o número de cargos comissionados – hoje, são mais de 20.000 – e de secretarias que integram a estrutura. Barbosa disse que o processo de desidratação vai acontecer até setembro. O objetivo da ação, de acordo com o ministro, é melhorar a “gestão pública”. Atualmente, a presidente Dilma Rousseff tem no primeiro escalão do governo 39 cargos com status de ministro – o vice-presidente da República, Michel Temer, acumula a função de articulador político do Palácio do Planalto.

A notícia, cujo impacto nos gastos públicos ainda não pode ser estimado, já que não se sabe quais ministérios deixarão de existir, tranquilizou os investidores, num momento em que a crise interna tem balizado muito mais as decisões de investimento em bolsa do que os solavancos internacionais.

Analistas ouvidos pelo site de VEJA disseram que o mercado recebeu bem a notícia dada por Barbosa diante da sequência de dados negativos que foram divulgados nesta segunda, como a alta do endividamento público e a previsão de queda maior no PIB em 2015 e 2016, segundo o boletim Focus. “Isso [corte dos ministérios] refletiu positivamente, deu uma animada nos investidores”, avaliou o diretor de operações da FN Capital, Paulo Figueiredo.

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Apesar da melhora do Ibovespa, Figueiredo explica que o mercado segue “cauteloso” com qualquer anúncio vindo do governo federal, que está em briga com a Câmara e tem tido dificuldades para implementar as medidas de ajuste fiscal. “Partindo do governo, temos que ver se isso realmente vai se concretizar e resultar em corte de gastos, dada a crise política”, disse.

O dólar, que abriu em alta de mais de 2%, a 3,55 reais, também desacelerou. Às 14h10, era negociado a 3,53 reais, alta de 1,17%.

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No mundo, o cenário é de pessimismo. Reflexo do temor dos investidores com o futuro da China, a queda das bolsas foi generalizada. Porém, no início da tarde, a queda também desacelerou. Às 13h, Dow Jones caía 1,76%, Nasdaq recuava 1,84% e S&P 500 perdia 1,84%.

O pânico dos agentes econômicos acontece após a bolsa chinesa despencar a 8,5%, o pior tombo desde 2007, no que já está sendo chamado pelos operadores de “Segunda-feira Negra”.

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