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Preço da batata sobe 102,80% em semana de greve, diz Procon-SP

Maior parte do produto consumido na capital paulista vem do Paraná e, com paralisação de caminhoneiros, o item não chegou às prateleiras

Por Redação
31 Maio 2018, 15h12

A paralisação dos caminhoneiros está chegando ao fim, mas os reflexos desses 11 dias de manifestações seguem para todos os lados. Pesquisa realizada pelo Procon-SP entre os dias 24 e 30 de maio mostra que o preço do quilo da batata aumentou 102,80% no período.

Diante dos bloqueios nas estradas, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) viu os produtos desaparecem dos boxes e os preços irem às alturas. O desabastecimento foi mais intenso em produtos vindos de outros estados, como é o caso das batatas. De acordo com a Ceagesp, boa parte do tubérculo comercializado em São Paulo vem do Paraná.

A Régis Bittencourt, principal ligação entre o Paraná em São Paulo, concentrou grande parte das manifestações e, com isso, produtos vindos daquele estado não conseguiam chegar à capital.

Itens vindos do centro-oeste e nordeste também não conseguiram chegar às gôndolas paulista. É o caso da manga e mamão, provenientes da Bahia e Espírito Santo, do melão, que vem do Rio Grande do Norte, e da melancia, que é produzida em Goiás.

A tendência é que nos próximos dias haja regularização do abastecimento e dos custos, conforme nota divulgada pela Ceagesp.

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Até o meio-dia desta quinta-feira, 829 caminhões com carga chegaram ao entreposto. O normal é a chegada entre 1.500 e 2.000 veículos por dia carregados de produtos.

“Até mesmo alguns produtos que até então estavam em falta, como o mamão formosa, podiam ser encontrados em alguns boxes de frutas, assim como a batata, que veio em grande quantidade”, diz a Ceagesp em nota.

Mas toda essa falta de produtos os últimos dias teve reflexo direto no preço da cesta básica na semana. De acordo com o Procon-SP, o conjunto de 39 itens pesquisados pela entidade subiu 4,61% entre os dias 24 e 30 de maio, saindo de 652,18 reais para 682,25 reais. Do total de produtos, 29 tiveram alta de preço e 10 apresentaram queda.

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Além da batata, as mercadorias que apresentaram mais valorização foram a cebola (11,94%), desodorante spray (8,21%), carne de primeira (7,69) e leite (5,60%).

Na outra ponto, os produtos com redução de valores foram: alho (-3,37%), creme dental (-2,34%), leite em pó integral (-1,53%), margarina (-1,50%) e macarrão com ovos (-1,09%).

O grupo alimentação liderou os aumentos de preços no período, com elevação média de 5,21%, seguido por limpeza, com alta de 2,5%, e higiene pessoal, expansão de 0,33%.

 

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