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Potencial unicórnio, Alice foca nos sem-plano de saúde e autoatendimento

Empresa integra a seu negócio um kit de dispositivos que permite autoatendimento assistido por um clínico; foco para 2022 é entrar no mercado corporativo

Por Felipe Mendes Atualizado em 18 dez 2021, 11h19 - Publicado em 18 dez 2021, 08h15

Na esteira da transformação digital impulsionada durante a pandemia de Covid-19, a healthtech Alice, gestora de planos de saúde, está integrando seu aplicativo ao TytoCare, um kit tecnológico portátil que permite a realização de exames físicos remotos em qualquer lugar. São dispositivos que funcionam como sensores que fazem atividades que podem ouvir os batimentos do coração e medir pressão, por exemplo, e geram os dados automaticamente para os médicos — que já fazem a prescrição. A ideia é que o cliente use o aparelho para a realização de consulta virtual síncrona, onde um profissional de saúde serve de guia para o autoexame. É a primeira companhia brasileira e uma das primeiras do mundo a adotar esse tipo de atendimento.

Hoje, 15% das consultas da healthtech já são complementadas com esse tipo de suporte. A expectativa é que, com a nova integração, esse número cresça, dado o aumento da facilidade de uso. A startup, fundada em 2020, já investiu cerca de meio milhão de reais em ferramentas voltadas à Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).

Cotada para ser um novo unicórnio brasileiro, quando uma companhia passa a registrar valor de mercado acima de 1 bilhão de dólares, a empresa espera que a tecnologia será o caminho para suprir o mau atendimento de clientes no setor da saúde. Voltada à atenção primária, com atendimento para casos simples, a Alice viu uma explosão em seu número de usuários. Se, em dezembro de 2020, a Alice contava com cerca de 600 clientes ativos, hoje esse número já ultrapassa 6.000. “A nossa meta é nos tornarmos a maior gestora e operadora de saúde do Brasil em 10 anos”, diz o fundador e CEO da startup, André Florence. “Nós estamos em um momento de reconstrução do sistema de saúde. A forma de atendimento que existe hoje está com os dias contados. Coisas novas, por necessidade ou por inovação, vão aparecer.”

Fundada em 2019 por Florence, Guilherme Azevedo (fundador da Dr. Consulta) e Matheus Moraes, a Alice já recebeu 47,8 milhões de dólares de investimento. A ideia no início, conta Florence, era atender as pessoas físicas sem cobertura de planos de saúde ou os insatisfeitos com os planos corporativos existentes. “Hoje, 77% dos brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde, o SUS. Somente 23% tem acesso ao setor privado de saúde, que tem uma baita infraestrutura e poderia dar conta de muito mais pessoas”. Hoje, no entanto, a empresa quer ir além. Recentemente, a healthtech adquiriu a Cuidas, que também volta suas forças ao atendimento primário, mas que está focada justamente no mercado corporativo. “A aquisição da Cuidas nos traz o know-how para atuar no setor corporativo. A gente começa a se preparar para entrar nesse mercado”, diz Florence.

Para casos que demandam atendimento presencial, a empresa conta com a Casa Alice, localizada no bairro Pinheiros, em São Paulo, e com hospitais e laboratórios parceiros, como o Fleury e o Hospital Israelita Albert Einstein. A ideia é ampliar a rede de hospital em 2022. O faturamento da empresa é composto pelos planos de saúde, que, para uma pessoa de 30 anos, por exemplo, pode ter variação mensal entre 555 reais e 1,2 mil reais.

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