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Por que os riscos pairam sobre a Tesla mesmo com o crescimento colossal

Depois de crescer mais de 600%, planos mirabolantes da empresa são lucrativos caso se concretizem, mas há investidores que preferem apenas observar de longe

Por Luisa Purchio 22 dez 2020, 17h42 • Atualizado em 4 jun 2024, 13h41
  • Nesta semana a Tesla, gigante de tecnologia e montadora de Elon Musk entrou para o seleto grupo das empresas listadas no índice S&P 500, um dos mais importantes do mundo. A empresa teve um crescimento meteórico ao longo de 2020, superando até mesmo os ganhos das gigantes de tecnologia que fizeram da Nasdaq o índice que mais bateu recordes ao longo do ano. De acordo com dados compilados pela Economática, na segunda-feira 21 o crescimento anual da empresa foi de 676,73%, quase nove vezes superior à Apple, empresa entre as Bigtechs que mais acumula ganhos ao longo de 2020 (veja quadro). Ainda que o crescimento tenha sido estrondoso, muitos preferem não apostar nos papeis da empresa.

    Apesar da grande valorização da empresa ao longo do ano, algumas corretoras de investimentos brasileiras preferem mantê-la fora das recomendações de BDRs, mesmo que ela seja a mais procurada do mercado. É o caso da XP Investimentos, que prefere apenas “observar de fora” o crescimento da empresa. “É uma história que depende de algumas premissas desafiadoras acontecerem, como reduzir o custo da bateria e resolver o software de direção autônoma”, diz Guilherme Giserman, estrategista internacional da XP Investimentos.

    Por outro lado, enquanto a Apple ocupa o primeiro lugar em valor de mercado, com 1,3 trilhão de dólares, a Tesla ocupa o sexto lugar da lista, com 75,4 bilhões de dólares, 17 vezes a menos que a Apple. E é aí que entre uma diferença essencial entre a preferência dos investidores na hora de escolher o caminho para aplicar o dinheiro. Enquanto há aqueles que preferem investir em empresas de crescimento, ou seja, que possuem grande potencial de gerar lucro e receitas no futuro, há outros que preferem investir em empresas de valor, que já geram receitas e lucro no presente.

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    Mesmo que o futuro seja difícil de prever, não há como negar que os potenciais de acerto da Tesla são altos. “Normalmente essas ações caras continuam caras, são empresas que têm muito fundamento e estão mudando o mundo de alguma maneira”, diz Adriano Cantreva, sócio da Portofino Multi Family Office. Enquanto a ação da TSLA na segunda-feira 21 fechou a 634,54 dólares, a da Apple encerrou em 132,62 dólares. Nesse ano, a Tesla encerrou o terceiro trimestre com um lucro GAAP de 331 milhões de dólares, o quinto consecutivo de ganhos. No período, a empresa afirmou que cresceu significativamente a entrega de veículos, 15.726 unidades dos carros elétricos Model S e X.

    De acordo com a Economática, o Brasil possui 20 fundos de com ações da Tesla em BDRs, em um valor de 111,18 milhões de reais em novembro de 2020, 1157% a mais que em dezembro de 2019. Vale lembrar que além da compra via BDRs, há brasileiros que vão passar a investir na Tesla por meio de fundos atrelados ao S&P500. Apenas o fundo BTG S AND P 500 BRL, por exemplo, sem a Tesla já possuía 55 milhões de reais aportados, o que deve aumentar com a inclusão da empresa no fundo. Os ganhos dos investidores brasileiros que apostaram em empresas de tecnologia aumentaram ao longo do ano, bem como a sua disposição para assumir mais riscos. Com a entrada da Tesla nesses investimentos, a volatilidade e o risco devem aumentar, mas as chances de lucratividade também.

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