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Ponderando fala de Mantega e exterior, DIs caem pouco

Por Da Redação
6 dez 2011, 15h50

Por Márcio Rodrigues

São Paulo – Com o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre em linha com o que a maioria dos analistas esperava, o mercado de juros futuros ancorou-se em declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e no recrudescimento da piora externa hoje para devolver prêmios, ainda que de maneira muito comedida. Os mercados já abriram sob o efeito da notícia, de ontem à noite, de que a Standard & Poor’s decidiu colocar boa parte dos ratings dos países europeus, incluindo Alemanha e França, em revisão para possível rebaixamento. A mesma agência, hoje, colocou o rating de crédito AAA da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) sob perspectiva negativa.

Por aqui, após o PIB estável, Mantega disse que não pensa em novas medidas de estímulo no momento e que o governo trabalha com um PIB de 4% a 5% no próximo ano. À tarde, na medida em que houve melhora nas bolsas norte-americanas, as taxas projetadas pelos DIs também recuperaram parte das perdas.

Essas declarações foram entendidas por alguns agentes como um “passo atrás” do ministro, uma vez que, na semana passada, ele havia deixado a entender que o governo perseguiria um crescimento de 5% em 2012. Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (285.390 contratos) cedia a 9,81%, de 9,83% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014, com giro de 147.880 contratos, estava em 10,14%, de 10,18% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (56.135 contratos) indicava 10,84%, de 10,85% ontem, e o DI janeiro de 2021 (8.570 contratos) apontava 11,02%, nivelado ao ajuste.

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Um operador lembra que as taxas subiram nos dois últimos pregões e que, em meio à piora externa, “é natural haver uma realização”. Ainda assim, ele diz que o PIB estável em relação ao segundo trimestre, exatamente na mediana encontrada pelo AE Projeções, e com crescimento de 2,1% ante igual período do ano passado – situando-se também dentro das estimativas ouvidas pelo AE Projeções, que variavam de altas de 1,80% a 2,90%, mas abaixo da mediana, de 2,40% -, apenas confirma que a estratégia de afrouxamento monetário do BC deve prosseguir. “Mas, a menos que ocorra uma ruptura externa, acho pouco provável a convergência da inflação para a meta”, ponderou.

Não é o que pensa o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em nota sobre o comportamento da economia revelado hoje pelo IBGE, ele avaliou que a “economia brasileira se encontra em um ciclo sustentado de expansão consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”.

A semana ainda reserva uma agenda cheia. No exterior, é grande a expectativa em relação à reunião de cúpula da União Europeia, onde deve ser discutida a mudança no tratado do bloco. Por aqui, amanhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anuncia o IGP-DI de novembro. Na quinta-feira, o mercado aguarda com ansiedade o IPCA do mês passado e a ata da última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), quando a Selic foi reduzida de 11,50% para 11%.

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