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Pix completa três anos: sistema cresce e avança em medidas de segurança

Especialistas comentam trajetória, novidades e desafios futuros do meio de pagamento

Por Pedro Gil 17 nov 2023, 16h17

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, completou três anos na quinta-feira, 16. Desde o lançamento oficial, consolidou-se como o meio de pagamento mais utilizado no país, somando 155,8 milhões de usuários cadastrados e 1,5 trilhão de reais transacionados até setembro deste ano, conforme números divulgados pela autarquia. Até 2027, estima-se que a média de transações mensais por pessoa triplique. “A praticidade, baixo custo e disponibilidade fez com que o Pix se tornasse uma escolha conveniente para consumidores, pequenas e grandes empresas”, diz Cristiano Maschio, especialista em pagamentos e diretor da fintech Qesh.

Ao longo dos anos, o Pix evoluiu especialmente para empresas. Novos recursos foram adicionados para aprimorar a experiência das organizações, como o Pix Cobrança, que permite aos empreendedores venderem e receberem pela modalidade. No primeiro trimestre de 2022, foram contabilizados 4,3 bilhões de Pix no varejo. No comércio eletrônico, o pagamento instantâneo já chega a 100% de aceitação, empatado com o cartão de crédito. “Do ponto de vista macroeconômico, o PIX está aumentando a velocidade de circulação da moeda. Isso é um dos componentes que melhora o próprio PIB, ao aumentar a velocidade e as transações. É um efeito positivo embutido”, diz Ricardo Rodil, economista e líder do Mercado de Capitais do Grupo Crowe Macro.

Futuro e desafios

Com base na adoção maciça, o Banco Central (BC) planeja novidades para o sistema que prometem acelerar ainda mais a digitalização financeira no país nos próximos anos: o Pix Automático, que possibilitará automatizar pagamentos recorrentes, e o Pix Internacional, que permitirá transações além das fronteiras com menores custos e tempo de espera. Países como EUA, Argentina e Portugal já aceitam Pix para atender a demanda de turistas brasileiros. É viável oferecer essas ferramentas do ponto de vista estrutural, como PIX a crédito e parcelamento. Isso abre margem para que outros integrantes e fintechs entrem nesse ecossistema”, explica Rogério Guimarães, especialista em segurança cibernética e diretor da Covenant Technology. 

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Contudo, o crescente avanço e a simplicidade do meio de pagamento fez com que surgissem na mesma velocidade diversos golpes envolvendo o Pix. Em 2022, o sistema financeiro brasileiro investiu 3,4 bilhões de reais em mecanismos de segurança e prevenção a fraudes digitais. No mesmo período, o número de golpes aumentou em 165%, de acordo com uma investigação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). “O Pix é a ferramenta que mais cresce no Brasil e com isso medidas de segurança precisam ser aprimoradas. Este mês entraram em vigor novas mudanças no meio de pagamento para garantir mais proteção aos usuários, assim eles poderão continuar utilizando a tecnologia de maneira segura”, comenta Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios.

Recentemente, o Banco Central lançou o Mecanismo Especial de Devolução (MED), para facilitar o processo de reconhecimento de crimes e o eventual ressarcimento dos bancos aos clientes em casos de fraudes. Essa ferramenta está melhorando cada vez mais, mas precisa de mais proteção ao consumidor e pessoa jurídica. Temos visto muitos golpes”, lamenta Jonata Tribioli, diretor da Neoin, empresa que atua no segmento de cotas de empreendimentos imobiliários. Outros reforços de segurança já disponíveis aos usuários incluem notificação de infração e consulta de informações vinculadas às chaves Pix para fins de segurança. “O Pix foi projetado com medidas como duplo fator de autenticação e criptografia. Mesmo assim, é importante ativar critérios de segurança que as próprias detentoras desses mecanismos oferecem, como autenticação em dois níveis de biometria”, alerta Jonathan Arend, consultor de cibersegurança da keeggo, empresa de tecnologia.

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