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PIB avança 1% no 1º trimestre, puxado pela recuperação dos serviços

Com a demanda reprimida durante a pandemia, o maior setor da economia alavancou o resultado; sob a ótica da demanda, o consumo das famílias também avançou

Por Larissa Quintino Atualizado em 2 jun 2022, 12h38 - Publicado em 2 jun 2022, 09h09

A economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, mantendo o movimento de alta impulsionado no fim do ano passado. Segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira, 2, o Produto Interno Bruto entre janeiro e março totalizou 2,249 trilhões de reais em valores correntes. A recuperação segue puxada pelo setor de serviços, que mantém a tendência de normalização e expansão após o choque da pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021 no país. O desafio, no entanto, é manter o ritmo de crescimento durante o ano após a normalização da demanda reprimida e em um cenário de inflação alta tanto doméstica quanto global, que tem como consequência o aumento de juros que podem impactar o ritmo no segundo semestre deste ano.

Com esse resultado, o PIB está 1,6% acima do patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, e 1,7% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, registrado no primeiro trimestre de 2014. Segundo o IBGE, o nível é próximo ao primeiro trimestre de 2015. 

Resultado

Os serviços, que representam 70% do PIB do país, avançaram 1% no primeiro trimestre, com a alta demanda por restaurantes e viagens, atividades que sofreram fortemente o impacto da Covid-19. “O maior crescimento foi de outros serviços, que tiveram alta de 2,2% no trimestre e comportam muitas atividades dos serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação. Muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Ainda dentro dos serviços, houve crescimento de 2,1% em transporte, armazenagem e correio. “Houve aumento do transporte de cargas, relacionado ao aumento do e-commerce no país nesse período, e do de passageiros, principalmente pelo aumento das viagens aéreas, outra demanda represada na pandemia”, avalia a pesquisadora.

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Na indústria, houve estabilidade (0,1%). O maior avanço nas atividades industriais veio de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,6%) e a única queda foi das indústrias extrativas (-3,4%). “Essa atividade puxou o resultado para baixo, e sua queda se deve especialmente à produção de minério de ferro, que caiu bastante. Como a indústria da transformação teve alta (1,4%) e tem bastante peso no grupo, isso equilibrou o resultado da indústria”, explica.

Por outro lado, a agropecuária recuou 0,9% no primeiro trimestre. “Essa queda foi impactada principalmente pela estiagem no Sul, que causou a diminuição na estimativa da produção de soja, a maior cultura da lavoura brasileira”, destaca Palis.

Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,7% no primeiro trimestre, enquanto o do governo ficou estável (0,1%). “No consumo das famílias, a demanda também está relacionada aos serviços que são principalmente feitos de forma presencial, como as atividades ligadas a viagens”, conta Rebeca Palis.

Já os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) caíram 3,5%. “Essa queda foi impactada pela diminuição na produção e importação de bens de capital, apesar de a construção ter crescido no período”, explica.  No primeiro trimestre, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, ficando abaixo da registrada no mesmo período do ano passado (19,7%).

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