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Petrobras anuncia redução no preço do gás natural

O presidente da instituição, Jean Paul Prates, afirmou que um grupo de trabalho será criado para discutir alternativas que barateiem ainda mais o insumo

Por Pedro Gil Atualizado em 17 abr 2023, 16h29 - Publicado em 17 abr 2023, 12h28

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou nesta segunda-feira, 17, a redução do preço do gás natural no país para a faixa de 9,75 a 12 dólares. A nova cifra deve começar a valer a partir do dia 1º de maio. Desde o começo do ano, a gestão do ex-senador já reduziu o preço do insumo em 20%.

A notícia foi dada em evento com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Nosso objetivo é consolidar a Petrobras como liderança global em transição energética”, disse. “Nosso dever é produzir petróleo e gás de forma eficiente e com descarbonização, para que não nos acusem de andar para trás”, ressaltou.

Prates ainda se colocou à disposição de países vizinhos para aumentar a produção do insumo. “Temos potencial de ajudar nossos companheiros bolivianos para entender por que a queda de produção deles caiu”, disse. A produção de gás natural da Bolívia, um dos principais parceiros do país no assunto, caiu de 30 mm³/dia para 17 mm³/dia.

A queda anunciada por Prates não deve ser a única. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, anunciou a formação de um grupo de trabalho multiministerial para aprofundar o assunto. “Vamos incluir não só a Petrobras, mas também outros setores da iniciativa privada para que possam oferecer gás natural”, disse. “O grupo de trabalho trará bons frutos para podermos reduzir ainda mais o preço. Qualquer redução de custo ajuda, e o maior beneficiário é o desenvolvimento brasileiro”, completou.

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O vice-presidente lamentou o que chamou de desindustrialização brasileira nos últimos anos. “É péssimo para o país, porque é o setor que mais gera empregos, melhores salários e investimento em pesquisa”, disse. “Quais foram as causas para perdermos tanta competitividade e importarmos tudo?”, questionou.

A indústria de transformação, que em 1985 representava 36% do PIB, terminou o ano de 2021 com apenas 11% de participação na produção nacional. Em 1995, a indústria manufatureira do Brasil representava 2,77% da produção mundial, porcentual que hoje é de apenas 1,28%. Os números são da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para Alckmin, são três os pilares da competitividade do país: câmbio, imposto e juros. “O câmbio está competitivo; reforma tributária irá simplificar nosso sistema e ajudar a reduzir custos; e juros acreditamos que começarão a cair com a proposta de ancoragem fiscal”, afirmou.

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O governo deve enviar nesta semana ao Congresso o projeto de lei complementar do novo arcabouço fiscal que vai substituir o teto de gastos, a regra que limita à inflação o crescimento de grande parte das despesas da União.

Presidente da Fiesp, Josué Gomes fez três pedidos ao governo para alavancar o processo de reindustrialização: a aprovação da reforma tributária, um plano Plano Safra e investimentos em infraestrutura. “É fundamental que o Brasil consiga finalmente aprovar essa reforma, que trará inúmeros benefícios, a começar pela eliminação do resíduo tributário acumulativo na cadeia de produção”, disse. “Não podemos praticar essa taxa de juros reais que estamos praticando há muitos anos. Precisamos consertar as razões estruturais que nos levam a essa taxa muito alta”, afirmou.

Segundo Gomes, o governo abraçou a tese de uma espécie de Plano Safra para a indústria. “Haddad e Alckmin são defensores incansáveis”, afirmou.  O Plano Safra é o programa do governo federal responsável pela destinação de recursos para o financiamento da atividade agrícola. “Precisamos de infraestrutura competitiva. Isso começa por energia competitiva”, completou.

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