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PESQUISA-Eleição na Grécia dá mais tempo para países da zona do euro

Por Da Redação
20 jun 2012, 13h18

Por Andy Bruce

LONDRES, 20 Jun (Reuters) – O resultado das eleições na Grécia deu mais tempo para a zona do euro resolver a crise da dívida soberana, mas não há nada impedindo que anos de dificuldade econômica assombrem a Grécia, Portugal e Espanha, de acordo com pesquisa da Reuters publicada nesta quarta-feira.

Mas a Espanha deve evitar um resgate soberano, apesar do estado crítico de seu setor bancário.

Ao passo que as negociações continuam em Atenas para a formação de um governo viável, economistas entrevistados desde a eleição do fim de semana deram amplo apoio à continuidade da adesão da Grécia na zona do euro.

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Apenas três dos 19 economistas pensam que a Grécia irá deixar a zona euro em algum momento, enquanto mais de um terço dos entrevistados numa grande pesquisa ​​realizada na semana passada acreditava que a união monetária não sobreviveria intacta ao longo dos próximos 12 meses.

A percentagem dos economistas prevendo que a zona euro vai sobreviver na sua forma atual tem aumentado desde maio e agora está de volta na máxima de 84 por cento, valor visto pela última vez na pesquisa de janeiro.

“O resultado das eleições gregas deu tempo para a zona euro tentar implementar um novo programa para apoiar a Grécia numa perspectiva de longo prazo”, disse o economista do Natixis, em Paris, Jesus Castillo.

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“Portanto, mesmo se as pressões sobre os títulos (do governo) da Espanha continuem elevados, eles devem se beneficiar de um ligeiro abrandamento. Dito isso, a Espanha vai depender da vontade do BCE (Banco Central Europeu) para apoiá-la no curto prazo.”

Embora os rendimentos dos títulos do governo espanhol caíram ligeiramente na quarta-feira, o papel de 10 anos ainda está perto da marca de 7 por cento, o que os analistas dizem não ser sustentado por muito tempo sem que o governo busque ajuda externa.

Ainda assim, apenas cinco dos 17 economistas acredita que Espanha irá precisar de um resgate soberano até o final deste ano.

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A pesquisa da semana passada mostrou que uma pequena maioria -35 de 59- acreditava que um resgate era “provável” ou “muito provável” nos próximos 12 meses.

SEM CRESCIMENTO NA GRÉCIA

A Grécia, como sugerido em pesquisas anteriores, não verá um retorno ao crescimento econômico em breve. Economistas esperam que a atividade do país irá contrair 5,8 por cento este ano, e depois 1,3 por cento no próximo ano, de acordo com as medianas das projeções coletadas.

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Isso significa que as perspectivas de crescimento para a Grécia foram diminuídas em cinco pesquisas consecutivas.

A taxa de desemprego -que atingiu o recorde de 22,6 por cento no primeiro trimestre- deverá subir para 23,4 por cento até o final do próximo ano.

A pesquisa mostrou ainda períodos sombrios à frente para a Espanha. A economia espanhola vai contrair cerca de 1,5 por cento este ano e 0,7 por cento no próximo ano, segundo a pesquisa -números muito mais pessimistas do que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) de abril, que sugeriram uma boa chance do país retornar ao crescimento no próximo ano.

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Dezoito dos 25 colaboradores entrevistados reduziram suas perspectivas de crescimento para a Espanha para o próximo ano.

A taxa de desemprego da Espanha também deve subir mais. Apenas dois dos 14 analistas previram que a taxa irá cair no próximo ano, com a mediana das expectativas sugerindo que ela possa, eventualmente, ultrapassar 25 por cento.

Apenas a Irlanda, do grupo dos países resgatados, terá algum tipo de melhora significativa, de acordo com a pesquisa. A mediana das expectativas de 25 economistas mostrou que a economia do país terá 0,2 por cento de crescimento neste ano e 1,5 por cento em 2013, quando o desemprego provavelmente começará a cair.

(Pesquisa e análise de Namrata Anchan e Deepti Govind)

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