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Perspectiva para inflação piora mesmo com o dólar mais barato

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltou de 5,60% para 6,86% em um mês, segundo o Boletim Focus; projeção para 2023 e 2024 também subiu

Por Luana Zanobia Atualizado em 28 mar 2022, 12h19 - Publicado em 28 mar 2022, 11h43

Mesmo com a alta na taxa de juros e o dólar acumulando oito dias de quedas consecutivas, a pressão inflacionária continua, segundo analistas do mercado financeiro. A projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltou de 5,60% para 6,86%, aumento de 1,26 ponto percentual em um mês, segundo dados do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Em relação à semana passada, a alta é de 0,27 ponto. A pressão também respinga em 2023 e 2024, com alta nas projeções e estimativas em 3,80% e 3,20%, respectivamente.

A moeda brasileira já valorizou mais de 13% frente ao dólar, mas o recente alívio no câmbio não deve ser suficiente para diminuir a pressão sobre os preços. Segundo o BC, os gargalos nas cadeias produtivas globais herdados da pandemia foram agravados com o conflito no Leste Europeu, gerando maiores pressões inflacionárias. A autoridade atribui parte significativa da inflação aos preços do petróleo e dos alimentos.

A continuidade na elevação da taxa básica de juros, a Selic, também não tem sido capaz de frear a inflação. Há poucas semanas, o Banco Central realizou a nona alta consecutiva na taxa básica de juros, para o atual patamar de 11,75%. Dada a inércia inflacionária e os riscos internos e externos, o mercado estima que a Selic encerre o ano em 13%. O BC já elevou a estimativa de inflação de 4,7% para 7,1%, zerando as possibilidades de ancorar as expectativas dentro da meta de 2022. De acordo com a autoridade monetária, a probabilidade de a inflação ficar acima da meta é de 88% a 97%.

No relatório de inflação, divulgado na última quinta-feira, o BC alega que “a elevação dos preços de commodities e dos preços de produtos importados – especialmente desde a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia −, embora atenuada pela recente apreciação do real, provoca um novo choque de oferta na economia doméstica, com impacto altista sobre a inflação e negativo sobre a atividade econômica no curto prazo.” A inflação de oferta é um problema enfrentado por todos os países e o qual o BC não tem recursos para controlar. Nesse caso, a elevação da Selic não causa efeitos no arrefecimento da inflação.

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