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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm alta inesperada

Resultado coloca em xeque a recuperação do mercado de trabalho norte-americano

Por Da Redação
12 abr 2012, 13h35

O número de norte-americanos entrando com pedidos de auxílio-desemprego subiu na semana passada para o nível mais alto desde janeiro, em um resultado que pode suscitar temores de que a recuperação do mercado de trabalho dos Estados Unidos está parando, após a desaceleração na criação de empregos em março.

Os pedidos iniciais subiram em 13 mil, para um total sazonalmente ajustado de 380 mil, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters estimavam queda para 355 mil pedidos. A média móvel de quatro semanas para os novos pedidos, considerada uma medida melhor das tendências do mercado de trabalho, aumentou em 4.250, para 368.500.

Alguns economistas culparam o feriado de Páscoa pelo aumento dos pedidos e disseram esperar que estes retornem a uma tendência de baixa nas próximas semanas. “É muito difícil saber até que ponto isso é impulsionado por efeitos sazonais da Páscoa ou não”, disse o economista-chefe da TD Securities em Nova York, Eric Green. “Isso não é decisivo e nem confirma a fraqueza que vimos no relatório da última sexta-feira. Nós suspeitamos que a maior parte do aumento foi devido a questões sazonais e, portanto, esperamos que o número volte a cair”, completou.

Os dados sobre o auxílio-desemprego foram divulgados depois da liberação do relatório decepcionante de emprego referente a março, que mostrou que a economia norte-americana criou 120 mil novos postos, a menor quantidade desde outubro. Apesar do aumento nos pedidos na semana passada, tanto os pedidos feitos pela primeira vez como a média de quatro semanas ficaram abaixo da marca de 400 mil, o que implica ganhos estáveis de emprego.

Houve ainda boas notícias em outros dados divulgados nesta quinta, com os preços ao produtor se mantendo estáveis em março e o déficit comercial diminuindo fortemente em fevereiro. O déficit comercial dos EUA encolheu 12,4%, para 46 bilhões de dólares, no maior declínio mensal desde maio de 2009, informou o Departamento do Comércio, em um momento no qual as exportações atingiram alta recorde.

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Inflação – Isso pode levar os economistas a elevar suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Os preços ao produtor dos EUA mantiveram-se inalterados no mês passado, após avançar 0,4% em fevereiro. Economistas consultados pela Reuters esperavam que os preços em fazendas, fábricas e refinarias subissem 0,3%.

Já os preços no atacado, excluindo os setores voláteis de alimentos e energia, subiram 0,3%, após ganho de 0,2% registrado em fevereiro. Esse resultado veio levemente acima das expectativas dos economistas de um avanço de 0,2% e marcou o quinto mês consecutivo de aumento no núcleo dos preços ao produtor.

Mais de um terço do aumento no núcleo do índice foi atribuído aos preços de caminhões leves. Preços mais altos para veículos de passeio, sabões e outros detergentes também contribuíram para o avanço. No entanto, os fabricantes limitaram o escopo para transmitir esses aumentos de custos aos consumidores, dada a ainda considerável frouxidão na economia.

Os preços ao produtor totais foram influenciados pela queda de 2% nos preços da gasolina -o maior declínio desde outubro, após uma alta de 4,3%em fevereiro. Isso compensou o aumento de 0,2% nos preços de alimentos, o que interrompeu três meses seguidos de queda. No entanto, os preços da gasolina subiram 7,5% sem ajustes sazonais.

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Nos 12 meses até março, os preços no atacado subiram 2,8%, no menor aumento desde junho de 2010, depois de avançar 3,3% em fevereiro. Fora alimentos e energia, os preços ao produtor foram puxados para cima por um leve aumento nos preços de caminhões leves, que subiram 0,7% depois de cair 0,4% em fevereiro. Os preços de veículos de passeio subiram 0,8 por cento, após avançar 0,1% no mês anterior.

Os aumentos provavelmente refletem uma forte demanda por automóveis. Nos 12 meses até março, o núcleo dos preços ao produtor subiu 2,9%, após crescer 3% no mês anterior.

(Com Reuters)

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