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Dona do Outback aposta em delivery e nova marca para encarar a pandemia

De olho em um novo público, grupo quer avançar com 'dark kitchens' e cartões de presentes em supermercados; este ano, treze restaurantes serão inaugurados

Por Felipe Mendes Atualizado em 17 mar 2021, 09h20 - Publicado em 17 mar 2021, 08h20

As filas de consumidores ávidos que formavam parte da paisagem das fachadas da rede de restaurantes Outback no Brasil viraram coisa do passado. Desde o início das restrições para o funcionamento provocadas pela pandemia de Covid-19, cada vez mais a empresa tem mirado um outro público, o que consome no lar. Poucos têm apostado tanto nos aplicativos de entrega como a Bloomin’ Brands, que fora a rede Outback também detém a marca Abbraccio, de culinária italiana. Além de 120 cozinhas que podem entregar as compras nas casas dos clientes em menos de uma hora, a companhia é dona de participação relevante na startup de logística Delivery Center. Não à toa, o grupo rapidamente evoluiu seu volume mensal de pedidos pela internet na pandemia: de 50 mil para mais de 400 mil entregas, um avanço abissal de 700%.

Efeito da pandemia, o faturamento dos restaurantes do grupo no Brasil recuou 31,4% no acumulado do último ano – no quarto trimestre, a perda foi reduzida para -14,8%. A despeito dos percalços, o grupo ainda tem planos de expansão para o país. Neste ano, serão inaugurados ao menos treze novos estabelecimentos, dois a mais em relação a 2020 – cada espaço tem cerca de 700 metros quadrados e demanda um investimento próximo a 5 milhões de reais. Porém, o grande foco do crescimento do grupo é a nova bandeira: a Aussie Grill. O restaurante que conta com um cardápio recheado com itens de frango, tendência entre as grandes marcas do setor no país. A diferença é aposta em uma marca 100% virtual.

 

A bandeira já tem presença em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e deve ganhar terreno nos próximos meses. Como não há pretensão de abrir lojas físicas da marca, as unidades funcionam no modelo de dark kitchen, utilizando-se das áreas já construídas para operação de restaurantes Outback e Abbraccio. “Estamos transformando algumas de nossas retaguardas em dark kitchens. É um modo de faturarmos novos clientes, termos uma oferta diferenciada e maior exposição dentro dos aplicativos”, reconhece o executivo. “É algo que veio para ficar”, diz Pierre Berenstein, CEO da Bloomin’ Brands Brasil.

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A empresa também está apostando em cartões de presente, que podem ser encontrados nas gôndolas dos supermercados, para fazer frente à concorrência. “Tirando as plataformas de streaming e de jogos, esse é um mercado pouco explorado aqui no Brasil, mas que vai ser importante para a nossa receita daqui a um ou dois anos.”

Para a Páscoa, a empresa ainda está calibrando sua campanha. No último ano, as medidas restritivas pegaram a rede desprevenida. A resposta, no entanto, foi imediata. O grupo doou cerca de 13.600 ovos que seriam comercializados em seus estabelecimentos. Foram 7.600 unidades para pequenos mercados da cidade de São Paulo e 6.000 para profissionais da saúde da capital paulista.

Novo ‘normal’

A respeito dos planos de expansão física, o executivo  admite  que expectativa de retorno do público aos restaurantes depende do avanço do plano nacional de imunização contra a Covid-19. “Com a vacinação, sairemos com marcas consolidadas e uma receita expressiva no delivery, que é um caminho sem volta”, diz. “Não vamos parar de investir. Estamos vendo oportunidades importantes. Na hora em que a economia voltar, teremos a aprendizagem em um novo canal e a possibilidade de evoluir o nosso faturamento.”

Em maio de 2020, o grupo Bloomin’ Brands anunciou que estava suspendendo as negociações para se desfazer dos restaurantes Outback no Brasil. O plano de venda da operação foi anunciado em novembro de 2019, mas a pandemia no radar fez com que algumas das empresas interessadas desistissem do negócio. Questionado se a empresa ainda vê o Brasil como um mercado de potencial, Berenstein é taxativo: “Estamos há 23 anos no Brasil e temos responsabilidade por quase 12 mil funcionários. Buscar uma alternativa não tem nada relacionado à falta de confiança no país.”

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