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Para BC, queda na economia pela Covid deve ser ‘menos profunda’ em 2021

Ata do Copom fala que novos casos trazem incerteza, porém a recuperação deve ser rápida, a exemplo do que foi visto em 2020, com vacinação "mais abrangente"

Por Larissa Quintino Atualizado em 23 mar 2021, 14h45 - Publicado em 23 mar 2021, 09h27

A retomada econômica no segundo semestre do ano passado deve ser vista novamente neste ano após os impactos de agravamentos causados pela Covid em março. Essa é a avaliação do Banco Central na ata do Copom, que aumentou em 0,75 ponto porcentual a taxa básica de juros da economia, a Selic, na semana passada. Segundo o BC, a situação devem ocorrer “na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma abrangente”. Atualmente, a Selic está em 2,75% ao ano.

Na ata, divulgada nesta terça-feira, 23, o Comitê afirma que há grande incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia no primeiro e segundo trimestres do ano, com o aumento dos números da doença e das restrições. Porém, a avaliação é que os efeitos seriam menores do que os vistos em 2020. Esse cenário traçado pelo Comitê ajuda a entender um pouco do motivo da alta nos juros, em momento de lentidão nas atividades econômicas.

Segundo o BC, mesmo com o fim do auxílio emergencial, a economia se comportou bem no primeiro bimestre do ano, mostrando a recomposição das atividades. O benefício a trabalhadores informais, que estimulou o consumo no ano passado, volta a ser pago em abril, agora em valores mais baixos.

Com a visão de que a atividade econômica se recupera bem, repercutindo inclusive na criação de postos de trabalho formal, e que o choque que pode ocorrer deve ser temporário, o Copom decidiu iniciar o que chama de “normalização parcial”. Isto é, retirar o grau de estímulo elevado para conseguir equilibrar outras variáveis importantes e que carecem de atenção: a inflação e o risco fiscal do país.

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A avaliação é que, apesar de persistente, os choques inflacionários são temporários. A continuidade da elevação no preço de commodities, como alimentos e petróleo, tem afetado a inflação e elevado as projeções para os próximos meses “especialmente através de seus efeitos sobre os preços dos combustíveis”. Além disso, o comitê afirma que há demora da normalização das cadeias produtivas, devido a falta de insumos, o que pressiona a produção. Na ata, o comitê afirma que há “choque positivo de demanda atuando”, isto é, maior procura por produtos e serviços.

O Copom avaliou, ainda, que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável. “O Comitê ponderou que, apesar da recente aprovação de reformas importantes, que trarão benefícios no médio prazo, os riscos fiscais de curto prazo seguem elevados devido ao agravamento da pandemia, implicando um viés de alta nessas projeções. Essa assimetria no balanço de riscos afeta o grau apropriado de estímulo monetário, justificando trajetória com elevação inicial dos juros superior à suposta no cenário básico.”

Leia também:

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