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Para atender maior demanda por cerveja em lata, Petrópolis amplia fábrica

Empresa cervejeira investe R$ 135 mi para ampliar unidade fabril recém-inaugurada em Minas Gerais; companhia patrocinará transmissão do Brasileirão em 2021

Por Felipe Mendes Atualizado em 11 dez 2020, 22h50 - Publicado em 11 dez 2020, 18h34

A pandemia do novo coronavírus trouxe um comportamento, no mínimo, insólito ao mercado de bebidas alcoólicas. Com as medidas de restrição que transformaram bares e restaurantes em ambientes a serem evitados por muitos consumidores, sobretudo os mais velhos, o consumo dessa categoria de produtos migrou para o lar. Esse movimento elevou a circulação de latas no mercado em detrimento do volume de garrafas de vidro. A mudança do hábito levou a Cervejaria Petrópolis, dona de rótulos como Itaipava, Petra, Black Princess e Calcidis, a ampliar sua linha de produção no polo industrial recém-inaugurado na cidade de Uberaba (MG). Com investimento avaliado em 135 milhões de reais, a capacidade produtiva da maior unidade fabril do grupo passará de 8,6 milhões de hectolitros de cerveja anuais para 11,4 milhões de hectolitros por ano.

Desde o fim de agosto, quando inaugurou o complexo, a fábrica opera duas linhas de produção. Uma terceira, com capacidade produtiva para 128 mil latas por hora, foi iniciada nesta sexta-feira, 11. A quarta unidade, que já estava prevista no cronograma inicial, deve ser inaugurada em janeiro. O aporte anunciado pela companhia, portanto, será para a expansão da capacidade em uma quinta linha, que será entregue somente em setembro de 2021. Segundo Marcelo de Sá, diretor-executivo do grupo, os investimentos são uma forma de ganhar terreno num mercado estratégico como o mineiro. “Minas Gerais tem 150 mil postos de venda. Nós estamos em 55 mil. Temos quase 100 mil para conquistar”, afirma ele. “É o terceiro maior mercado do país, mas ainda temos uma penetração pequena, de 9,5%”. Os equipamentos para ampliação da fábrica foram contratados junto à fabricante alemã Krones. A tendência é que, até o fim de 2021, a fábrica já esteja habilitada para produzir, além de cervejas, os energéticos TNT Energy Drink.

Cervejaria Petrópolis
Marcelo de Sá, diretor executivo do Grupo Petrópolis: investimento para crescer em solo mineiro (Silvia Zamboni/Divulgação)

O executivo acredita que há espaço para repetir o trabalho realizado no Nordeste. Segundo números da empresa, a participação de mercado do grupo Petrópolis na região passou de 0,5% em 2003 para 25% atualmente. Para isso, Sá sabe que não é só a ampliação da unidade fabril que conta. Além dos 135 milhões de reais que serão destinados à nova linha da fábrica em Uberaba, a empresa estima investir até 95 milhões de reais em ações de marketing, em logística e novos negócios na região.

O grupo espera crescer 5% em faturamento e 3% em volume no consolidado deste ano. Para o planejamento de 2021, o executivo torce para a imunização dos brasileiros, o que abriria espaço para a realização do Carnaval, ainda que no segundo semestre. “Qualquer data em que seja realizado será importante. Para se ter uma noção, o nosso planejamento de fevereiro, do mês em que acontece o Carnaval, é igual ao de dezembro, tanto em projeção de faturamento como em volume”, diz Sá.

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Patrocínio

Para marcar presença no imaginário do consumidor e ganhar escala no país, o Petrópolis desbancou recentemente a Cervejaria Ambev na disputa para patrocinar os eventos futebolísticos da Rede Globo em 2021. A cota de patrocínio custará 311,7 milhões de reais ao grupo. O acordo só foi possível porque a Ambev, dona de rótulos tradicionais como Skol, Brahma e Antarctica Original, não acertou sua renovação com o grupo televisivo, abrindo espaço para a concorrência assumir o posto. “Essa negociação não é de agora. Tentamos assumir esse espaço há cinco anos. Isso vai ser importante para a penetração no ponto de venda. É um teste de exposição para as nossas marcas. Esperamos que dê retorno, ainda mais com o crescimento do consumo no lar”, diz Sá. Um estudo realizado recentemente pela Neogrid aponta que está faltando cerveja nas gôndolas. A taxa de ruptura, índice que demonstra a falta de produtos nos supermercados brasileiros, chegou a 18,9% em novembro deste ano — no começo de 2020, esse indicador girava em torno de 10%.

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