Pais brasileiros gostam de presentear, diz presidente da Ri Happy
A expectativa da rede varejista de brinquedos é fechar o ano com um crescimento nas vendas superior a 5%
As previsões do grupo Ri Happy para o Dia das Crianças são otimistas. A expectativa é que as vendas do período superem as de 2017, que tiveram crescimento. Apesar de o momento ainda ser se incerteza econômica, o presidente da Ri Happy, Héctor Núñez, afirma que os pais brasileiros gostam de presentear os filhos com presentes.
“O setor de brinquedos é mais resiliente à crise que outras categorias. Parte disso pode ser explicado porque os pais brasileiros gostam de presentear os filhos, não apenas no Natal. Eles costumam dar mimos para os filhos no dia a dia, é uma espécie de carinho. Entendem que brinquedo não é só divertimento, mas ajuda no desenvolvimento da criança”, disse Núñez a VEJA.
Segundo ele, o setor de brinquedos apresentou fraco desempenho até a Copa e foi afetado pela greve dos caminhoneiros. Mas voltou a crescer em agosto e setembro, permitindo prever que fechará o ano com expansão frente ao resultado de 2017.
“A economia não está aquelas coisas, a recuperação continua bem lenta, fazendo que o varejo não esteja em seu melhor momento. Mas estamos crescendo mesmo nesse contexto indefinido”, afirmou o presidente da Ri Happy.
Pelas suas projeções, o setor de brinquedos deve fechar o ano com um crescimento de 5% em 2018. Ele diz que a Ri Happi terá um desempenho acima da média do setor.
Para impulsionar as vendas do Dia das Crianças, a Ri Happy aposta nas vendas do TrickUp, um brinquedo que consiste em jogar uma bolinha contra qualquer tipo de superfície e tentar em seguida colocá-la dentro do um copo. A brincadeira estimula habilidades como agilidade e coordenação motora.
O TrickUp estará a venda exclusivamente nas lojas Ri Happy por 39,99 reais. Mas clientes que gastarem 60 reais poderão levar o brinquedo pelo valor adicional de 9,99 reais. A expectativa da rede é vender 500 mil unidades do TrickUp até 10 de outubro.
Além do TrickUp, Núñez diz que a tendência de vendas para o Dia das Crianças continua sendo a de brinquedos colecionáveis-surpresa, como a boneca LOL, e blocos de construção. “As figuras de ação também estão em alta, pois tivemos um ano com muitos lançamentos de filmes.”
Levantamento do Google mostra que 43 milhões de brasileiros compram presente no Dia das Crianças. Entre os que pretendem presentear, 43% planejam comprar brinquedos. Em seguida, na intenção de compra, aparecem eletrônicos, roupas e calçados. O valor médio de compra para a data será de até 100 reais para 43% dos consumidores.
Novos formatos de loja
O presidente da Ri Happy afirma que o fraco desempenho da economia não alterou os planos de expansão no país. Para este ele, a rede fechará o ano com 15 novas lojas. No ano passado, foram inauguradas outras dez.
Para se adequar às novas tendências do varejo, a Ri Happy aposta em novas formas de entrega (compra no site e retira na loja) e de exposição – lojas com prateleira infinita, que permitem que o cliente compre itens que não estão no local. Na compra por esse último modelo, o cliente escolhe se quer receber o produto em casa ou na loja.
Ao mesmo tempo, a rede tem inaugurado megalojas de 1.600 metros quadrados, em que o consumidor encontra desde produtos para bebês até material esportivo para crianças de 6 a 12 anos, papelaria e itens de festa.
“São lojas que oferecem um sortimento de 18 mil itens ao consumidor, atendendo toda a necessidade de mães e crianças. Isso permite que o consumidor encontre tudo desse universo em um único endereço”, diz Núñez.